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Libra continua seu desenvolvimento apesar dos desafios

03 fev 2020, 14:13 - atualizado em 03 fev 2020, 14:14
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Apesar do contra-ataque significativo dos legisladores em vários países, que criou incerteza considerável em relação à criptomoeda do Facebook, a Libra Association está persistindo com o desenvolvimento desse projeto (Imagem: Facebook/Libra)

A Libra Association retificou a criação de um comitê dedicado à análise e implementação da arquitetura técnica do projeto Libra.

O comitê de direção técnica

Mês passado, Michael Engle, um dos desenvolvedores principais da Libra, anunciou que a Libra Association teve uma reunião no dia 16 de dezembro de 2019 em que votaram para criar um painel especial na arquitetura organizacional do projeto Libra.

O painel — intitulado Technical Steering Committee (TSC) — é composto de cinco pessoas que devem supervisionar, criar e implementar os alicerces técnicos do projeto Libra.

Além disso, irão criar planos para o futuro desenvolvimento da iniciativa baseada em blockchain.

Os cinco que estão no TSC foram escolhidos porque “cada um contribui com uma perspectiva única e traz, para o projeto, conhecimento valioso sobre a área”.

Diogo Monica, George Cabrera III, Joe Lallouz, Nick Grossman e Ric Shreves foram escolhidos por conta de sua longa experiência com o universo de inovação de software e tecnológica.

Diogo Monica é cofundador e presidente da Anchorage, uma das principais custodiante de ativos digitais da indústria. Ele tem mais de 15 anos de experiência na bagagem.

Atualmente, George Cabrera como líder de produtos da Libra Core na Calibra e tem 20 anos de experiência em engenharia de software. Já teve várias funções no Facebook anteriormente.

Cabrera acredita que o início de um comitê de força-tarefa representa um passo na direção correta para o projeto apoiado pelo Facebook.

Ele afirmou: “O propósito da Libra Association é ser uma infraestrutura financeira que dá autonomia a bilhões de pessoas e ter um grupo para guiar o design, a construção e a manutenção contínua dessa infraestrutura é vital para seu sucesso. A criação desse comitê representa um marco notável para a abertura e sustentabilidade da Libra conforme moldamos em direção ao lançamento da nossa rede principal”.

Joe Lallouz é CEO e fundador da Bison Trails, uma grande empresa de infraestrutura de blockchain dedicada a criar soluções agnósticas a protocolo que promovem democracia nas redes de blockchain.

Nick Grossman é parceiro na Union Square Ventures, uma empresa de capital de risco recém-lançado que foca no investimento de soluções inovadoras baseadas em tecnologia.

Por último, Ric Shreves é diretor de tecnologia emergente na Mercy Corps, uma empresa que explora como a tecnologia pode ser implementada no contexto do desenvolvimento humanitário.

Shreves reiterou a primeira missão do projeto Libra, fazendo referência ao que sua inclusão muitas vezes discutida almeja. Ele explicou: “criada desde o início para ser transparente, e governada com a filosofia de código aberto, a rede Libra representa uma oportunidade única de construção de um mundo financeiramente inclusiva”.

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O Technical Steering Committee (TSC) deve supervisionar, criar e implementar os alicerces técnicos do projeto Libra (Imagem: Facebook/Libra)

Um comitê independente

É importante destacar que o TSC foi criado para ser um comitê independente.

Embora o Facebook tenha deixado claro que o projeto vai ser independente de todos os seus negócios, ainda existem receios significativos de que a Libra vai ser extremamente influenciada por sua empresa-mãe. É provável que a criação do TSC independente seja uma tentativa para aliviar esses receios.

“Libra tem o potencial de ser um projeto de grande avanço no universo dos ativos digitais e de pagamentos. Para atingir esse potencial, o projeto deve mostrar independência plausível e ser receptiva a possíveis parceiros e contribuidores”, destacou Grossman.

O TSC deve dirigir o planejamento de desenvolvimento técnico para a Libra e criar o Technical Working Groups para fazer o rastreamento rápido de pesquisa e desenvolvimento para questões específicas.

Além disso, o comitê vai guiar o desenvolvimento do código-base e criar uma boa relação com os desenvolvedores que estarão trabalhando nas aplicações baseadas em Libra.

Assim, o TSC planeja publicar documentos que irão destacar a estrutura de governança técnica neste primeiro trimestre.

A estrutura vai incluir detalhes de como a comunidade de desenvolvedores de código aberto pode propor mudanças técnicas ao projeto Libra. Também irá detalhar como a proposta, chamada Libra Improvement Proposals (LIP) vai ser avaliada.

Embora o projeto Libra continue a enfrentar grandes desafios — com a saída recente da Vodafone da Libra Association —, o projeto parece comprometido ao continuar com o lançamento.

Lallouz conclui: “Nosso objetivo é certificar que a rede Libra seja descentralizada, segura e bem-orquestrada, com a infraestrutura bem adequada para aguentar bilhões de transações. Isso se alinha bem com a nossa visão de democratização do acesso para o futuro descentralizado”.

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