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Liquidação em Wall Street se aprofunda e Nasdaq confirma correção

19 jan 2022, 18:20 - atualizado em 19 jan 2022, 19:30
Wall Street
O Nasdaq fechou em queda superior a 10% ante o recorde de fechamento de 19 de novembro (Imagem: Pixabay)

Os principais índices de Wall Street caíram nesta quarta-feira, com o índice de tecnologia Nasdaq Composite confirmando ingresso em território de correção, após um conjunto diversificado de balanços corporativos e enquanto investidores continuam a se preocupar com os rendimentos mais altos dos títulos do governo norte-americano e o aperto da política monetária por parte do banco central dos EUA.

O Nasdaq fechou em queda superior a 10% ante o recorde de fechamento de 19 de novembro. Uma correção é confirmada quando um índice fecha 10% ou mais abaixo de sua máxima histórica para um encerramento de pregão.

A última correção do Nasdaq ocorreu no início de 2021, quando o índice com forte peso de ações de tecnologia caiu mais de 10% de 12 de fevereiro a 8 de março.

Foi a quarta vez em quase dois anos desde que a pandemia de coronavírus abalou os mercados globais que o Nasdaq entrou em território de correção.

Nesta quarta-feira, a queda de 2,1% nos papéis da Apple (AAPL) exerceu a maior pressão negativa sobre o Nasdaq. Tesla (TSLA) e Amazon (AMZN) também pesaram.

O índice S&P 500 (SPX) fechou em queda de 0,97%, a 4.532,76 pontos. O Dow Jones (DJI) caiu 0,96%, a 35.028,65 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite (US100) recuou 1,15%, a 14.340,26 pontos.

As ações tiveram um começo difícil em 2022, já que um rápido aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA em meio a preocupações de que o Fed se tornará agressivo no controle da inflação atingiu particularmente as ações de tecnologia e crescimento.

O S&P 500 caiu cerca de 5% até agora neste ano.

“Qualquer início de aperto monetário geralmente resulta em volatilidade significativa, e acho que sempre existe o risco de que haja um erro de política (monetária) e de que isso ponha fim ao ciclo econômico”, disse Kristina Hooper, estrategista-chefe de mercado global da Invesco. “”Então, temos muita apreensão.”