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LocalBitcoins foi a corretora mais usada para transferência ilegal, segundo pesquisa

02 jun 2020, 12:09 - atualizado em 02 jun 2020, 12:11
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Apesar de atividades ilegais não serem o propósito dos criptoativos, uma grande quantia de fundos usados para atividades ilícitas ainda são transacionadas em corretoras (Imagem: Pixabay/B_A)

LocalBitcoins, corretora de criptoativos de ponto a ponto (P2P), recebeu grande parte dos fundos ilegais em 2019, pelo terceiro ano consecutivo, segundo a empresa de análise sobre blockchain CipherTrace.

CipherTrace analisou corretoras globais de criptoativos em seu “Relatório sobre Crimes e Antilavagem de Dinheiro relacionados a Criptoativos da Primavera de 2020” e descobriu que corretoras finlandesas estão em primeiro lugar no quesito fundos ilegais de bitcoin.

Receberam 12,01% de todos os fundos de bitcoin provenientes de fontes ilegais, e a LocalBitcoins totalizou mais de 99% desses fundos, segundo a CipherTrace.

Corretoras russas estão em segundo lugar, com 5,23% de todos os fundos recebidos virem diretamente de fundos ilegais em 2019, como mercados ilegais, ransomware, hacks e outras atividades ilícitas, de acordo com a CipherTrace.

Corretoras do Reino Unido vêm em terceiro lugar, com 0,69%, enquanto corretoras alemãs, japonesas e americanas totalizaram menos de 0,1%, segundo a CipherTrace.

Corretoras finlandesas e russas receberam a maior porcentagem de fundos ligados a fontes ilegais.

É importante destacar que a proporção de fundos ilícitos diretamente recebidos das corretoras criptoativos diminuiu entre 2018 e 2019.

“Essa tendência marca uma baixa de três anos para corretoras de criptoativos em todo o mundo, em que apenas 0,17% dos fundos recebidos pelas corretoras em 2019 eram provenientes de fontes criminosas”, afirma CipherTrace.

Isso ocorre por conta das regulamentações antilavagem de dinheiro sendo implementadas em todo o mundo, incluindo a AMLD5 (Quinta Diretriz Antilavagem de Dinheiro) na Europa.

Em outra parte do relatório, CipherTrace também afirma que roubos, hacks e fraudes relacionadas a cripto aumentaram nesses cinco meses de 2020, totalizando US$ 1,36 bilhão, em comparação a US$ 4,5 bilhões em 2019.

Fraudes de bitcoin ultrapassam hacks e roubos em 2020.

“O maior contribuinte desse alto número é o esquema bilionário da Wotoken da China”, afirmou CipherTrace. “O esquema Ponzi prometeu aos investidores rendimentos irreais usando um software algorítmico inexistente de negociação.

Um operador do Wotoken (com ligações ao infame esquema Ponzi da PlusToken) roubou cerca de US$ 1 bilhão em criptoativos de mais de 175 mil vítimas.”

Confira, abaixo, o “Relatório sobre Crimes e Antilavagem de Dinheiro relacionados a Criptoativos” da CipherTrace:

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