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Lojas Quero-Quero está no caminho certo para crescer muito nos próximos anos

05 mar 2021, 14:26 - atualizado em 05 mar 2021, 14:26
Quero-Quero
O lucro líquido da Lojas Quero-Quero mais do que dobrou no quarto trimestre do ano passado, tendo atingido R$ 34 milhões (Imagem: Divulgação/Quero-Quero)

Os resultados do quarto trimestre de 2020 da Lojas Quero-Quero (LJQQ3) foram bem recebidos pelos analistas, uma vez que mostraram a continuidade das tendências de crescimento da companhia vistas no trimestre anterior.

O lucro líquido da empresa mais do que dobrou no período, tendo atingido R$ 34 milhões. O resultado pode ser explicado pela ótima performance das vendas aliada à alavancagem operacional.

A receita líquida avançou 28,5% em relação ao quarto trimestre de 2019 e totalizou R$ 502 milhões, impulsionada pelo crescimento de 38,6% da atividade de varejo.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 63,3 milhões, o que corresponde a uma alta de 38% no comparativo anual.

O indicador SSS (Vendas Mesmas Lojas) mostrou avanço de 29,7%. Apesar da desaceleração comparado ao terceiro trimestre, os níveis continuam altos e, segundo a Ágora Investimentos, mostram que a Quero-Quero está ganhando participação de mercado.

Na avaliação da corretora, o crescimento da Quero-Quero deve permanecer elevado no primeiro trimestre de 2021. No segundo semestre, a companhia terá que enfrentar uma base de comparação mais forte, mas os analistas não estão preocupados:

“Isso é algo que nos deixa tranquilos, visto que: 1) o crescimento geral permanecerá alto, dada a forte contribuição do novo espaço e maturação da loja, e 2) fontes potenciais de crescimento incremental de um catálogo amplo de produtos”, comentaram Richard Cathcart e Flávia Meireles, em relatório divulgado ontem.

A Quero-Quero tem explorado mais sua plataforma online, algo que, para a Ágora, pode ser positivo se o negócio conseguir decolar.

“A empresa já tem clientes, entrega duas vezes por semana nas lojas e pode oferecer crédito. Isso pode começar a suavizar parte do impacto negativo das bases de comparação mais fortes”, afirmaram Cathcart e Meireles.

A Quero-Quero mostrou expansão de 9% na carteira de crédito média no quarto trimestre.

Casa, Construção, Lojas Quero-Quero
A Ágora Investimentos continua vendo grande potencial de crescimento nos próximos anos para a Quero-Quero, tendo em vista a boa execução da empresa e seu modelo de negócios forte (Imagem: YouTube/Lojas Quero-Quero)

Muito para crescer ainda

A Ágora manteve a recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 19. A corretora continua vendo grande potencial de crescimento nos próximos anos para a Quero-Quero, tendo em vista a boa execução da empresa e seu modelo de negócios forte. Além disso, o plano de abertura de lojas traz perspectivas ainda mais animadoras sobre a expansão da companhia.

“Entregar 50 lojas em um ano tão difícil mostra uma forte execução, e o fato de 102 novos gerentes de loja terem sido treinados em 2020 (com mais 400 em processo de treinamento) mostra que a Quero-Quero está bem preparada para a próxima etapa de expansão”, complementaram os analistas.

Para o BTG Pactual (BPAC11), os resultados devem sustentar o sólido momentum de curto prazo vivido pela Quero-Quero. Embora enxergue alguns desafios nos próximos meses, o banco seguiu com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 19 para a ação.

“Do ponto de vista estrutural, a Quero-Quero combina um aspecto local, um modelo de negócio que se enquadra na sólida expansão no interior (com menor concorrência) nos próximos anos e uma execução comprovada que suporta o crescimento acelerado, levando a um CAGR (taxa de crescimento médio anual ponderado) de LPA (lucro por ação) de 40% de 2020-2025”, disse o time de análise do BTG.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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