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Lorenzo Frazzon: como diversificar sua carteira de investimentos com criptomoedas

21 jan 2020, 10:30 - atualizado em 29 fev 2020, 10:22
bitcoin 2020
Utilize um portfólio de moedas digitais para diversificar sua carteira de investimentos (Imagem: Freekpik/gesrey)

Diversificar uma carteira de investimentos é uma estratégia que permite ao investidor não somente limitar a exposição a prejuízos em seu portfólio, como também ter uma participação em vários mercados, e isso pode resultar em uma rentabilidade maior e com menor risco.

Mesmo que um dos investimentos não vá tão bem quanto o esperado, a rentabilidade geral do portfólio será pouco afetada, pois cada ativo será apenas uma fração da carteira e a perda será diluída.

Mas é importante ressaltar: a pluralidade de ativos na carteira não depende apenas de aplicações financeiras distintas. Também é necessário garantir que apresentem baixa correlação entre elas.

Por exemplo, não adiantaria muito possuir somente ações em seu portfólio, mesmo que de distintas empresas, se todo o patrimônio estiver designado apenas a essa classe de investimentos. 

A melhor estratégia é investir nos mais variados mercados. Ações, renda fixa, commodities, metais, criptomoedas, dentre outros. Quanto maior a diversificação, menor será o risco em cada segmento.

A importância da diversificação não é um assunto novo. Um exemplo disso pode ser visto nesse vídeo, do gestor de investimentos Ray Dalio, responsável por investir mais de US$ 160 bilhões. Para ele, a diversificação é o “Santo Graal dos investimentos”.

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Risco é classificado como o desvio-padrão dos retornos passados do ativo, logo é possível construir um portfólio a partir da estimativa desses riscos(Imagem: Pixabay/FirmBee)

Entendendo a Teoria Moderna do Portfólio

A análise do risco de um ativo é compreendido de forma consistente na Teoria Moderna do Portfólio, desenvolvida pelo economista Harry Markowitz.

Em sua teoria, risco é classificado como o desvio-padrão dos retornos passados do ativo. Assim, a compreensão básica dessa teoria demonstra que, a partir da estimação dos riscos, é possível construir um portfólio que maximize sua eficiência.

A teoria de Markowitz é um conceito que visa melhorar os investimentos de ativos por meio do princípio da diversificação dentro de uma carteira, de modo a formar um portfólio de ativos que maximiza a possibilidade de retorno em relação à possibilidade de perda.

De forma resumida, a ideia de diversificação de riscos é bem descrita pelo provérbio popular: “Não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta”.

Assim, o modelo matemático dessa teoria identifica, dentre as possibilidades de combinações entres ativos diferentes, aquelas que se localizam na fronteira eficiente: uma curva que une todas as possíveis carteiras capazes de gerar o máximo retorno possível para cada nível de risco.

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Ativos de baixo rendimento contribuem para uma crise que ameaça a estabilidade econômica de todos os cidadãos (Imagem: Pixabay/geralt)

Vale a pena utilizar criptomoedas na diversificação de investimentos?

Hoje, os investidores estão enfrentando algumas das condições financeiras mais desafiadoras da História, em virtude dos juros negativos em muitos países e a impressão de dinheiro desenfreada.

Essa tendência mundial de redução de juros, o alto endividamento, o declínio da eficiência das políticas monetárias e os ativos de baixo rendimento estão contribuindo para uma crise de poupança que ameaça a estabilidade econômica de instituições e indivíduos em todo o mundo.

Nesse ambiente desafiador, se torna cada vez mais difícil para que os investidores alcancem o retorno almejado.

A procura por ativos não correlacionados aos investimentos comuns e com taxas positivas de retorno esperado, a fim de serem utilizados para criar portfólios mais eficientes, mostram-se progressivamente mais evidentes.

Classes de ativos como as criptomoedas são extraordinárias oportunidades de investimento que oferecem uma possibilidade de retorno único na qual possui baixa correlação com as altas ou baixas do dólar, com o ouro e com quedas da bolsa americana.

Podendo assim, representar o ativo diversificador descrito na teoria de Markowitz. Como demonstra o gráfico de correlação construído a partir dos últimos sete anos abaixo:

Poucos investidores realmente apreciam o impacto que isso pode causar na relação entre risco e retorno de um portfólio e, consequentemente, no potencial de maximizar o retorno.

Dessa maneira, devido ao seu conjunto altamente exclusivo de propriedades, os ativos digitais oferecem um caráter inovador em relação aos investimentos conhecidos pelo mercado, permitindo que eles cumpram um papel importante na diversificação dentro de uma carteira de investimento.

As moedas digitais, como o bitcoin, procuram cumprir o papel global de meio de pagamento, um importante alternativo aos regimes monetários fiduciários no mundo, como também demonstraram o poder dos sistemas descentralizados, sobrevivendo e prosperando sem um ponto de falha único e resistente à censura.

E o bitcoin tem se consolidado como o ouro digital e cada vez mais pessoas o usam como reserva de valor e forma de otimizar os investimentos.

Além disso, os ativos digitais estão diretamente relacionados com algumas das tendências mais significativas e que devem remodelar a economia global, com o desenvolvimento de tecnologias e uma nova infraestrutura para o mercado financeiro.

Em dez anos, o mercado financeiro será muito diferente do que é hoje.

Lorenzo Frazzon atua no mercado financeiro desde 2007, atendendo investidores de alta renda e detém R$ 100 milhões em ativos sob consultoria desses clientes. É economista, possui mestrado em Engenharia e é Analista de Investimentos Regulamentado (CNPI), além de ser estrategista-chefe e Fundador da Investtor.

Fundador da Investtor
Atua no mercado financeiro desde 2007, atendendo investidores de alta renda e detém R$ 100 milhões em ativos sob consultoria desses clientes. É economista, possui mestrado em Engenharia e é Analista de Investimentos Regulamentado (CNPI), além de ser estrategista-chefe e Fundador da Investtor.
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Atua no mercado financeiro desde 2007, atendendo investidores de alta renda e detém R$ 100 milhões em ativos sob consultoria desses clientes. É economista, possui mestrado em Engenharia e é Analista de Investimentos Regulamentado (CNPI), além de ser estrategista-chefe e Fundador da Investtor.
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