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Luiz Cesta: separando o necessário das distrações

29 nov 2019, 15:32 - atualizado em 29 nov 2019, 15:32
(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Por Luiz Cesta, da Inversa Publicações

Olá, leitor(a) da Cesta & Fundos!

Li no Twitter, nesta semana, uma das mais engraçadas piadas dos últimos tempos. Contei para meus colegas aqui da Inversa, mas a reação foi muito mais amena do que eu esperava.

Tá certo que eu não sou referência no meu gosto por piadas, porque prezo muita a simplicidade com resultados. E isso, muitas vezes, soa cafona. Mas vejam se não é engraçado?

– E aí, Bolsonaro? Como está o Dólar? – pergunta o eleitor.

– R$ 4,20. – diz Bolsonaro.

– Mas e se a esquerda assumir? – retruca o eleitor.

– AI-5 – prontamente responde Bolsonaro.

Eu achei sensacional e ri muito com o jogo de palavras: a possibilidade do dólar ir a R$ 5,00 e o fato de comentários sobre o Ato Institucional nº 5 estarem na moda e na boca dos políticos.

Se você não achou graça da piada, acho bem provável que tenha um gosto para piadas muito melhor do que o meu.

Mas, brincadeiras à parte, independentemente se você achou graça ou não, a verdade é que estamos sendo incessantemente bombardeados por informações e notícias que, muitas vezes, mais confundem do que ajudam.

Eu diria que o excesso de informação hoje mais atrapalha do que ajuda. E, para ter sucesso investindo, seja você profissional ou investidor comum, é preciso focar no que é importante e descartar as distrações.

Essa não é uma tarefa fácil! Qualquer erro na distinção entre o que é importante e o que é fumaça pode atrapalhar a performance da sua carteira de investimentos.

Conversei recentemente com um gestor de fundo de ações que me disse exatamente isso. A grande dificuldade de hoje é separar o joio do trigo. O essencial do acessório…

Eu estou usando uma técnica que tem funcionado para mim e quero compartilhar com você.

Eu escalo 5 fontes de informações como as minhas principais para entender o mercado, economia e movimentações setoriais. E mantenho outras 10 fontes como backup.

Durante a semana, eu destino 80% do meu tempo a essas 5 fontes principais.

Outros 15% para analisar rapidamente se existe alguma coisa que se aproveite nas 10 outras fontes de informação.

E, nos 5% restantes do meu tempo, eu dou a chance para que alguma nova fonte de informação.

Afinal de contas, muita coisa boa é criada todo dia e seria leviano de minha parte se não abrisse a cabeça para novas ideias.

Com essa atualização de mercado realizada, parto para as tarefas do dia a dia, com as responsabilidades para com meus assinantes aqui da Inversa.

E você? Tem alguma estratégia para separar o conteúdo bom do que é distração?

Já me antecipando sobre quais são as fontes de informações primordiais para mim, obviamente, o conteúdo da Inversa está entre elas.

E eu gosto muito do conteúdo que um tal “Cesta” escreve. Sempre muito esclarecedor, mas, às vezes, ele exagera nas piadas ruins. Um dia eu espero que ele aprenda.

opiniao@moneytimes.com.br