Congresso

Lula articula com partidos do centro e já tem mais da metade do Congresso; suficiente para aprovar medidas?

10 nov 2022, 9:41 - atualizado em 16 nov 2022, 19:31
Lula e Lira
PSD, MDB e União Brasil passam a fazer parte da base aliada do governo eleito, o que favorece composição de maioria de parlamentares no Congresso (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

As entradas anunciadas esta semana de PSD, MDB e União Brasil na base do que será o governo do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva (PT) podem concretizar a marca de mais da metade de parlamentares votando favoravelmente aos projetos.

Caso os acordos sejam fechados e a base mantida, sem nenhum parlamentar mudando de partido ou indo contra a determinação geral, Lula terá 282 deputados federais votando, a princípio, de forma favorável a suas propostas. São 26 deputados a mais do que a metade da Câmara dos Deputados.

Para a aprovação de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) são necessários três quintos de votos favoráveis, ou 308 deputados federais.

A composição da base aliada, no entanto, não é unânime, assim como a própria oposição.

No União Brasil, apesar de Luciano Bivar afirmar que “pode integrar a base”, a maioria dos parlamentares indica o contrário. Dos 59 deputados eleitos pela sigla, mais da metade, 30, declararam apoio à reeleição de Jair Bolsonaro no segundo turno.

Racha em outros partidos 

No PSDB, a posição em relação ao futuro governo também está dividida. Há parlamentares que já anunciaram que farão oposição severa ao PT, como o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). E outros que acenaram ao vice-presidente eleito — e ex-tucano — Geraldo Alckmin (PSB), como o deputado Paulo Barbosa (PSDB-SP).

Nesta quarta-feira (9), o presidente eleito se encontrou com o presidente da Câmara Arthur Lira, um dos líderes do PP, que, em tese, forma oposição ao novo governo. Ao indicar que não deve nomear um candidato para concorrer com Lira na eleição da Casa, Lula pode conseguir alguns votos dissidentes.

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Formado em jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, é editor de política, macroeconomia e Brasil do Money Times. Com passagens pelas redações de SBT, Record, UOL e CNN Brasil, atuou como produtor, repórter e editor.
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