Market Makers

Lula está ‘dilmando’ e crise fiscal pode estar próxima, alerta economista da FGV

26 jan 2023, 20:12 - atualizado em 26 jan 2023, 20:19

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou o seu terceiro mandato com maus sinais e pode jogar o país em uma crise fiscal, avalia Samuel Pessôa, pesquisador da FGV e um dos mais influentes economistas do Brasil.

Pessôa foi o convidado do 29º episódio do Market Makers, podcast apresentado por Thiago Salomão e Renato Santiago.

Na entrevista, o especialista afirmou que Lula começou “jogando contra” a economia quando “colocou quase dois pontos percentuais do PIB de gastos a mais em um orçamento já problemático”.

O economista se refere à PEC da Transição, aprovada ainda na gestão de Jair Bolsonaro, que liberou R$ 145 bilhões fora do teto de gastos para bancar despesas como o Bolsa Família em R$ 600, promessa de campanha de Lula, o Auxílio Gás e a Farmácia Popular.

Ouça o episódio na íntegra:

“Essa é direção gasto é vida, esse é o Lula dilmado. E mais ainda, cada notícia boa da economia vira gasto público. Se isso não mudar, nós teremos uma crise fiscal”, discorre.

Apesar disso, Pessôa diz que caso o Brasil passe a enfrentar uma nova crise fiscal, essa seria menor do que na gestão Dilma Rousseff, quando o PIB despencou 3%.

“Essa crise fiscal, se vier no segundo semestre, ela vai ser muito menor do que a crise de 2015. Porque estamos arrumando o país desde 2015 até agora. O país está muito melhor”, afirma.

Ele lembra que em 2015 havia maior intervencionismo, onde “tudo estava ruim”, incluindo as estatais, a produtividade, além da repressão inflacionária para controle de preços.

“Uma herança bendita do Paulo Guedes são empresas estatais desalavancadas, gerando caixa. Isso ameniza a crise fiscal. Aprovamos algumas reformas que aumentam a eficiência da economia. De 2015 para cá, acho que tem um pacote legal, temos que se orgulhar disso”, observa.

Na sua visão, Lula precisa ser mais responsável fiscalmente.

“O Lula sempre fala que nunca fez deficit, mas também nunca fez ajuste fiscal. Ele herdou uma posição fiscal arrumada. Ele nunca reconheceu esse fato, e isso é uma coisa chata”, argumenta.

Acompanhe o episódio na íntegra:

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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