Luz na passarela que lá vem ela: Otimista, XP eleva recomendação da C&A (CEAB3)

A XP Investimentos atualizou a sua recomendação para a C&A (CEAB3) de neutra para compra. Com um cenário competitivo e com uma dinâmica de resultados que tende a se manter sólida, a varejista vem se beneficiando, segundo os analistas.

“Embora continuemos a observar um mercado competitivo num contexto de renda disponível ainda pressionada, acreditamos que esse ambiente está ligeiramente melhorando”, ressalta o relatório assinado por Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer.

O preço-alvo projetado para o papel é de R$ 10, ante o de R$ 6 projetado anteriormente.

Por volta das 15h40 (de Brasília) desta quarta-feira (07), a ação da companhia saltava mais de 4%, cotada acima de R$ 7,70, no maior valor de fevereiro.

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C&A está ‘bem posicionada’ e tem impulsionador de vendas

Desta forma, a justificativa da XP transpassa o ligeiro aumento de preço enfrentado pela varejista Shein em razão dos os impostos cobrados pelo governo federal.

Além disso, a empresa segue na mira da equipe econômica, que pretende retomar a discussão quanto a isenção de impostos de produtos de até US$ 50.

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O relatório ainda destaca o C&A Pay como uma importante “alavanca” de vendas. “A empresa vem construindo sua própria carteira de crédito para atingir níveis de penetração mais próximos aos de seus pares, em um momento em que a concorrência vem restringindo crédito devido aos altos níveis de inadimplência”, dizem os analistas.

A C&A, na visão da equipe da XP, está bem posicionada em termos de proposta de valor, já que está sendo bem sucedida na captação de tendências de moda e na entrega aos consumidores a preços justos.

A varejista, que deverá divulgar seus resultados operacionais e financeiros do quarto trimestre de 2023 no fim deste mês, é uma das poucas empresas do setor que analistas aumentaram as estimativas de Ebtida e lucro líquido para 2024.

O relatório da XP vem em um momento em que o varejo de moda ficou movimentado com o anúncio da fusão entre Arezzo (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3), a maior fusão entre varejistas desde 2011.