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Magazine Luiza e B2W são os únicos vencedores claros no e-commerce, diante do coronavírus

01 abr 2020, 11:08 - atualizado em 01 abr 2020, 16:17
Luiza, avatar do Magazine Luiza
Migração: Magazine Luiza saiu na frente no processo de digitalização do comércio (Imagem: Divulgação/Magazine Luiza/Facebook)

Após uma rodada de consultas com especialistas em varejo online, o BTG Pactual concluiu que a pandemia de coronavírus deve acelerar a consolidação do e-commerce no Brasil. Mas, ao contrário de outros países, como a China, por aqui, a migração beneficiará poucas empresas.

Luiz Guanais e Gabriel Savi, que assinam a análise do BTG Pactual, observam que esse movimento será marcado por algumas características. A primeira é a aceleração nas últimas semanas, em resposta ao fechamento de lojas físicas determinadas por governadores e prefeitos para conter a pandemia.

O segundo é são as diferenças de desempenho entre as várias categorias de produtos. A dupla cita os resultados recentes dos EUA, onde as vendas de calçados e vestuário despencaram 37% em um único dia – 11 de março.

Em contrapartida, empresas mais generalistas, como supermercados, elevaram as vendas em 50%, também em um único dia – 13 de março.

Diferenças

No Brasil, o BTG Pactual observa que não há indícios de que o salto nas vendas online, de fato, ocorreu. Com base em informações da operadora de meios de pagamento Elo, o banco informa que, no geral, as vendas online recuaram 35% nas últimas semanas de março, comparadas com os mesmos períodos de janeiro e fevereiro.

Arezzo
Arezzo: empresa se uniu tanto à B2W, quanto ao Magazine Luiza (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

Por enquanto, o único segmento que realmente cresceu foi o de alimentação, na medida em que muitas lanchonetes e restaurantes passaram a vender refeições pela internet, já que estão proibidos de servi-las no estabelecimento.

Além disso, ao contrário da China, onde o e-commerce já está bem estabelecido e caracterizado por fornecedores verticais, como o Alibaba, que vendem de comida a pneus, por aqui, a tendência é investir no chamado omnichannel, isto é, uma rede de varejo fundindo suas operações online e offline.

Nesse sentindo, o BTG Pactual enxerga apenas dois vencedores claros dessa corrida: o Magazine Luiza (MGLU3) e a B2W (BTOW3).

Entre os motivos, está o fato de que outras grandes varejistas estão se unindo aos canais e marketplaces criados por essas empresas, para acelerar sua própria migração para o online. A Via Varejo (VVAR3), por exemplo, está com a B2W. A Arezzo (ARZZ3) uniu-se à B2W e ao Magazine Luiza.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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