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Magazine Luiza: mercado ainda não precificou a área de pagamentos; BTG vê alta de 30% nas ações

24 maio 2021, 18:08 - atualizado em 24 maio 2021, 21:15
Magazine Luiza MGLU3
Com isso, o BTG elevou o preço-alvo de R$ 23 para R$ 26, o que implica potencial de valorização de 30% em relação ao último fechamento (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

A recente queda das ações do Magazine Luiza (MGLU3) diminuiu o entusiasmo de alguns investidores e analistas. A preocupação é que a disputa cada vez mais acirrada do e-commerce possa prejudicar o desempenho da companhia. No ano, os papéis da varejista tombaram 20%.

Mas o BTG Pactual enxerga um outro trunfo da empresa: a área de pagamentos.

Não é de hoje que o Magazine Luiza investe no segmento: o Magalu Pagamento surgiu em 2018, mas era restrito para vendedores. Foi no final de 2019 que a varejista lançou sua carteira eletrônica, o Magalu Pay.

Desde então, a rede vem tratando a área com carinho: em 2020 assinou contrato de aquisição de 100% da Hub Fintech por R$ 290 milhões.

Além de oferecer contas digitais e cartões pré-pagos diretamente ao seus clientes, o Hub é uma das maiores plataformas de Banking as a Service (BaaS) do Brasil.

Mais recentemente, em abril de 2021, o Magazine lançou um cartão de crédito sem taxas de anuidade e reembolso para a conta digital do usuário no MagaluPay.

“Com o objetivo de aumentar as vendas (frequência e engajamento) em sua plataforma por meio da oferta de um mais completo portfólio de serviços (onde os pagamentos são um elemento-chave), o Magazine está criando um ecossistema completo para compradores e vendedores”, apontam os analistas Luiz Guanais e Victor Rogatis.

Segundo o banco, a divisão dos pagamentos adiciona R$ 5 no preço da ação.

Com isso, o BTG elevou o preço-alvo de R$ 23 para R$ 26, o que implica potencial de valorização de 30% em relação ao último fechamento.

“A empresa pavimentou o caminho para se manter em níveis muito mais elevados do que seus pares de varejo”, argumentam.

Na sessão desta segunda-feira (24), os papéis da varejista dispararam 7,93%, a R$ 20.

“Sua verdadeira proposta multicanal e os recentes investimentos para impulsionar o engajamento em sua plataforma deve levar a uma expansão mais forte do GMV (volume bruto de mercadorias) e melhorar a lucratividade ao longo dos próximos anos”, justificam.

Magazine Luiza
A pandemia da Covid acelerou ainda mais esse processo, com mais consumidores mudando para pagamentos eletrônicos (Imagem; Divulgação)

Pagamentos, peça fundamental

Para os analistas, os meios de pagamentos são peça-chave no quebra-cabeça do e-commerce.

“Embora o dinheiro não desapareça da noite para o dia, os métodos de pagamento sem dinheiro estão certamente em ascensão. Isso é especialmente verdadeiro para o e-commerce”, dizem.

A pandemia da Covid acelerou esse processo, com mais consumidores mudando para pagamentos eletrônicos.

Além disso, o próprio varejo físico também passará por mudanças: a participação das transações em dinheiro globalmente devem diminuir de 30% para 19% até o final de 2023, enquanto a participação da carteira digital deverá crescer de 22% a 30%, calcula o BTG.

Resta saber como as concorrentes e o próprio Magazine Luiza irão aproveitar essa janela de oportunidades.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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