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Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) não vão conseguir se sustentar em 2023, alerta Ativa

23 dez 2022, 15:09 - atualizado em 23 dez 2022, 15:09
Magalu
O Magalu e a Americanas enfrentam desafios com o cenário macro (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

O Magalu (MGLU3) e a Americanas (AMER3) podem não ter iniciativas suficientes para mitigar os desafios do próximo ano, disse a Ativa Investimentos.

A corretora cortou a recomendação de ambas as empresas, de “compra” para “neutra“, ao preço-alvo de R$ 4,20 e R$ 16,50, respectivamente.

A Ativa avalia que as empresas do setor de varejo ainda devem passar por um começo de ano com resultados
apertados, se reorganizando operacionalmente, enquanto o comportamento do consumidor se estabiliza com o cenário macroeconômico.

A corretora destaca que existem alguns indicadores que podem impactar a melhora do consumo.

Contudo, ainda há incertezas em torno disso e existem dificuldades das empresas do setor de performarem bem em um horizonte de curto prazo.

Magalu se torna vulnerável

A Ativa avalia que estando inserido em um setor muito competitivo, o Magazine Luiza se torna extremamente vulnerável a fatores fora de seu controle.

De acordo com a corretora, os problemas que o varejista enfrenta são motivados pelo ambiente macro, que prejudica o seu volume de vendas e os seus resultados financeiros.

Se houvesse um alívio na taxa de juros e controle da inflação, a Ativa diz que acreditaria em uma melhora nos resultados do Magalu.

Com uma possível melhora do cenário atual, o varejista está bem posicionado no setor, com oportunidades de expandir sua base de clientes e aumentar sua rentabilidade, segundo a Ativa.

“Essas melhoras macroeconômicas vão impulsionar as vendas de eletrônicos ticket alto, embora com algumas restrições ao crédito, devido ao nível de inadimplência das famílias. Enxergamos também um ganho de market-share (quota de mercado) em relação a Americanas, mas ainda com uma diferença mínima e atrás do Mercado Livre (MELI34)”.

Com o marketplace crescendo, o Magalu consegue se tornar cada vez menos dependente das vendas próprias e aumentar seu mix de produtos, disse a Ativa. E completa dizendo que “diminuindo sua dependência por bens duráveis e aumentando o leque de opções, para manter o consumidor em seu ambiente de vendas”.

Sem expectativas no curto prazo

A Ativa avalia que, no lado positivo, Americanas conta com um bom mix de produtos ticket médio baixo e ganha destaque frente aos seus pares, tanto em expansão, quanto em performance operacional.

Entretanto, o crescimento dos concorrentes faz com que a empresa precise investir mais em seu marketplace, segundo a corretora. Além de também precisar otimizar suas despesas para manter sua base de clientes sólida, o que poderá prejudicar o seu fluxo de caixa.

A perspectiva é parecida com o Magalu, e caso se note alguma melhora nos indicadores macro, pode ser que haja uma boa execução operacional por parte da Americanas em conseguir se manter competitiva no mercado.

A corretora lembra que a empresa está passando por um processo de transição na diretoria, com a entrada de Sergio Rial, ex Santander, no cargo de Diretor Presidente (CEO), começando na empresa a partir de janeiro. Na época do anuncio, AMER3 chegou a disparar mais de 17% na Bolsa.

“A chegada de Rial é importante e positivo para a empresa, dado a sua capacidade de gestão e liderança, num momento em que a Americanas junta suas operações com a B2W”, avalia.

A corretora diz que será necessário para a Americanas alguém com poder de engajamento e boa gestão em alocação de capital, como o Rial.

Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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