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Magazine Luiza (MGLU3): Ações caem 6% em meio a juros futuros em alta e lançamento da Magalog

01 nov 2024, 15:11 - atualizado em 01 nov 2024, 17:36
magazine luiza
Magazine Luiza realiza estreia no setor logístico com criação do Magalog (Imagem: Divulgação/ Magazine Luiza)

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) recuaram no pregão desta sexta-feira (01), performando entre as maiores quedas do Ibovespa (IBOV). No pano de fundo, está a recente estreia de maneira independente no setor logístico e juros futuros alta.

Os papéis da varejista terminaram o pregão com baixa de 6,34%, a R$ 8,86, em uma baixa mais forte do que a do restante do setor.



As taxas de Depósitos Interfinanceiros (DIs) chegaram a recuar mais cedo, com os dados de mercado de trabalho nos Estados Unidos, mas voltaram a subir por conta da incerteza sobre as medidas fiscais do governo brasileiro.

Magazine Luiza lança Magalog

Na quinta-feira (31), a varejista anunciou a criação do Magalog, operador logístico formado a partir de ativos próprios e frutos de aquisições.

A nova empresa surge com faturamento de mais de R$ 3 bilhões, 21 centros de distribuição e 70 clientes. A operadora logística oferecerá quatro serviços principais: armazenagem e “fulfillment”; entregas ultrarrápidas (em até duas horas ou no mesmo dia); entregas rápidas leves, até 30 kg; e entregas rápidas pesadas, acima de 30 kg.

“O Magalog nasce com a missão de escalar a capacidade logística do Magalu, por exemplo, reduzindo, ainda mais, nosso prazo de entrega e nível de serviços”, afirmou o diretor-executivo do Magalog, Márcio Chammas, em nota. “Vamos simplificar a operação e transformar um centro de custo em uma operação que gera receita para o Grupo Magalu.”

A empresa vai atender 3.800 municípios brasileiros, sendo 139 deles atendidos por entregas ultrarrápidas.

Na avaliação do BTG Pactual, a consolidação da divisão de logística do Magalu é um passo adicional para ganhar mais eficiência, densidade e escala, o que veem como um fator-chave para melhorar sua economia unitária, em linha com o foco da empresa na lucratividade de suas operações.

Os analistas destacam que 70% do novo negócio opera dentro do ecossistema da varejista, apoiando o próprio Magalu, Netshoes, KaBuM! e Época Comésticos, enquanto 30% presta serviços para clientes externos.

Ainda, recordam que a primeira aquisição da MGLU em logística foi a Logbee, uma logtech com soluções tecnológicas para eficiência. Em 2020, comprou a GFL (integrando uma carteira de clientes externos) e a Sinclog, focada em sistemas de controle de frete. Em 2021, a MGLU adquiriu a Sode, focada em soluções de entrega rápida e de curta distância.

O BTG tem recomendação de compra para o Magalu, com preço-alvo de R$ 25.

*Com informações da Reuters e Liliane de Lima

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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