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Magazine Luiza (MGLU3): O que está por trás da alta de 7% nesta terça (3)? Ações acumulam salto de 62% no ano

03 jun 2025, 17:19 - atualizado em 03 jun 2025, 17:37
magazine luiza
As ações do Magazine Luiza performaram entre os destaques do Ibovespa nesta terça-feira (3) (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) performaram entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) no pregão desta terça-feira (3).

No pano de fundo, está a atualização de estimativas do UBS BB para a varejista, em relatório divulgado na véspera.

Apesar de se manter neutro, o banco atualizou o preço-alvo da ação de R$ 7,50 para R$ 11, o que representa um potencial de alta de cerca de 15% ante o preço do último fechamento.

Ainda, elevou as previsões de lucro líquido para 2025 e 2026 para R$ 322 milhões e R$ 576 milhões, respectivamente, ante R$ 146 milhões e R$ 442 milhões.

No pregão desta terça, MGLU3 chegou a saltar 7,86%, a R$ 10,29. No acumulado do ano, a companhia tem alta acumulada de 62%.



O momento do varejo

O setor varejista é cíclico e sensível a um cenário de juros altos, como o que o Brasil enfrenta neste momento. A taxa básica (Selic) está no maior patamar desde 2006.

Apesar disso, analistas do BB Investimentos apontam que, em maio, as empresas de consumo se beneficiaram do fechamento da curva de juros, além de uma perspectiva mais otimista para o setor dada a resiliência da economia e do mercado de trabalho.

O BTG Pactual avalia que a forte recuperação das ações do varejo brasileiro ao longo de maio confirma uma mudança notável no sentimento dos investidores.

“A aversão ao risco diminuiu, e tanto os fundos long-only quanto os hedge funds aumentaram a
exposição ao beta. A combinação da melhora dos fundamentos das empresas e o melhor momento macroeconômicos — particularmente o crescente consenso em torno do fim do ciclo de aperto monetário no Brasil — ajuda a explicar o desempenho superior”, avaliam os analistas.

A partir de agora, o BTG pontua que uma nova alta nas ações do varejo depende de dois fatores:

  1. uma queda contínua nas taxas de juros reais de longo prazo;
  2. melhorias nos lucros.

Embora as projeções das empresas no final de 2024 e no início de 2025 tenham sido cautelosas, os resultados do primeiro trimestre trouxeram uma surpresa positiva, especialmente em relação à lucratividade.

“Os múltiplos, embora não estejam mais em níveis de crise, permanecem razoáveis, especialmente quando se considera o potencial macroeconômico para taxas mais baixas em 2026. Dito isso, os fundamentos das empresas estão cada vez mais assumindo a liderança”.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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