Comprar ou vender?

Magazine Luiza (MGLU3): O que fazer com as ações após queda no lucro do 1T25, segundo 5 analistas

09 maio 2025, 15:47 - atualizado em 09 maio 2025, 17:44
magazine luiza
Ações do Magazine Luiza caem após 1T25 e recomendação de analistas diverge em meio aos resultados (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) são o destaque negativo do Ibovespa (IBOV) nesta sexta-feira (9), em reação ao balanço do primeiro trimestre de 2025 divulgado na véspera. Os papéis chegaram a cair 11% e encerraram a sessão com queda de 6,98%, a R$ 8,39. Entre analistas, os sentimentos e indicações do que fazer com a varejista agora são mistos.

lucro líquido ajustado do Magalu totalizou R$ 11,2 milhões no 1T25, um recuo de 62,5% ante o mesmo período em 2024.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que mede o desempenho operacional, avançou 10% no período de janeiro a março deste ano, atingindo R$ 759 milhões.

De um ponto de vista mais otimista, o BTG Pactual pontua que este foi mais um trimestre de melhoria nas margens, em meio a vendas fracas no e-commerce e um desempenho classificado como “decente” nas lojas físicas.

A equipe de analistas liderada por Luiz Guanais aponta que o foco na lucratividade deve persistir nos próximos trimestres, penalizando o crescimento.

O BTG espera que a companhia ainda seja pressionada por:

  • Crescimento mais lento do GMV (volume bruto de mercadorias) online, dada sua exposição a categorias altamente cíclicas, como eletrônicos e eletrodomésticos, e uma perspectiva de concorrência acirrada no canal online;
  • Impacto das altas taxas de juros nos resultados da Luizacred;
  • Alto custo de financiamento para desconto de recebíveis, afetando os resultados financeiros e o lucro líquido.

“Reconhecemos que as taxas de juros mais altas nos próximos trimestres devem pressionar a receita líquida da empresa, bem como o lucro líquido, mas os últimos trimestres mostraram tendências melhores de lucratividade (e geração de caixa), sustentando nossa recomendação de Compra“, dizem os analistas.

Andréa Aznar, analista do BB Investimentos, pondera que em mais um trimestre a companhia apresentou um crescimento de receita tímido, abaixo da inflação, o que gera preocupação quanto à capacidade de se manter presente em um ambiente competitivo como o qual está inserida.

“Entretanto, durante a teleconferência de resultados, o CEO anunciou que, após um período de foco em rentabilidade e lucratividade, a companhia passa agora a ter objetivos mais diretos de incremento de receita e conversão de visitas às lojas em vendas”, pontua a analista.

Dessa maneira, o BB entende que o cenário macro para 2025 segue desafiador para empresas do segmento de bens duráveis e que, apesar de a rentabilidade ter apresentado evolução ao longo dos últimos períodos, leva a analista a permanecer aguardando um melhor desempenho na linha de receita.

“Nesse contexto, optamos por manter nossa recomendação Neutra e o preço-alvo em R$ 9,00 para o final de 2025″, diz o BB.

Para o Safra, os resultados do trimestre são mistos, o que reforça uma posição também Neutra do banco em relação à MGLU.

“Vale ressaltar que o atual patamar de juros deve continuar impactando o custo da antecipação de recebíveis e, consequentemente, o lucro líquido. No entanto, a geração de fluxo de caixa (R$ 350 milhões) foi um destaque positivo”, avalia a equipe de analistas liderada por Vitor Pini.

Para o Safra, uma perspectiva macroeconômica mais difícil para 2025 exige uma postura mais cautelosa em relação à empresa e ao setor de varejo em geral.

Na avaliação da Genial Investimentos, o balanço veio, em geral, dentro do esperado, apresentando uma forte rentabilidade operacional, mas com alguns pontos de atenção.

O analista Iago Souza comenta que o desempenho digital frustrou as estimativas e trouxe uma leitura um pouco mais cautelosa para o crescimento no curto prazo. Assim como Safra e BB Investimentos, a Genial tem uma posição neutra sobre Magazine Luiza.

Citi aponta que os resultados vieram em sua maioria abaixo das expectativas, mas o principal ponto negativo foram os resultados financeiros, que dispararam 27% ano a ano e ficaram 31% acima das expectativas do banco gringo, devido a juros maiores do que o esperado sobre a antecipação de recebíveis de cartões de terceiros.

“Ainda vemos um crescimento online limitado, com o aumento das despesas financeiras levando a um resultado pior do que o esperado. Portanto, ainda esperamos revisões de lucros. Mantemos a recomendação de venda/risco alto“, diz o Citi.

Veja as indicações para as ações do Magazine Luiza

Banco/Corretora Indicação Preço-alvo
BTG Pactual Compra R$ 14
Safra Neutra R$ 12
BB Investimentos Neutra R$ 9
Genial Investimentos Neutra R$ 10
Citi Venda

 

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Linkedin
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
Linkedin
A Super Quarta vem aí!

Saiba o que esperar das decisões de juros no Brasil e nos EUA com o Giro do Mercado

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar