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Magazine Luiza (MGLU3): Resultado do 1T22 é melhor que o esperado, mas ação continuará pressionada

16 maio 2022, 21:24 - atualizado em 16 maio 2022, 21:27
Magazine Luiza
Investidor deve tomar cuidado, pois ação do Magazine Luiza seguirá pressionada (Imagem: Magazine Luiza/Reprodução)

O Magazine Luiza (MGLU3) teve resultado melhor do que esperado no primeiro trimestre de 2022, mas ainda não é um bom momento para a ação, tendo em vista que ela continuará pressionada nos próximos meses, diz analista do BTG Pactual em relatório enviado aos clientes nesta segunda-feira (16).

O especialista diz que a companhia reportou um conjunto suave de resultados no primeiro trimestre, refletindo comparações difíceis do ano passado para a operação de comércio eletrônico.

Ele comenta que a operação de B&M, apesar de apresentar números acima do esperado, ainda foi atingida por pressões inflacionárias e menor demanda por eletrônicos e eletrodomésticos.

“O SSS caiu 2,8% a/a (após uma queda de 23% a/a no 4T21, mas melhor que nossa estimativa de -10%), enquanto o GMV do e-commerce subiu 16% a/a, em linha com a nossa (+50% no 3P e 3% no 1P), com acréscimo de R$ 1,4 bilhão de GMV online no período”, diz Luiz Guanais, que assina o relatório.

O analista afirma também que a maior participação do e-commerce nas vendas totais foi compensada por maiores vendas de serviços e aumentos de preços.

“Isso gerou um ganho de margem bruta de 270bps a/a , enquanto a margem EBITDA ajustada caiu 20bps a/a para 5%, com EBITDA ajustado subindo 1,6% a/a para R$ 434 milhões (24% acima de nós), impactado pela desalavancagem operacional devido ao fraco desempenho na operação de B&M (com otimização das despesas de marketing e logística a partir de março, segundo a empresa)”, explica Guanais.

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Mesmo com números melhores, ação do Magazine Luiza seguirá pressionada

Ainda que os números vieram acima da expectativa, Luiz Guanais não enxerga um futuro promissor para o papel nos próximos meses, mesmo após queda de 38% no acumulado do ano.

“A ação será fortemente impactada por uma perspectiva top-down mais dura, ainda apresentando riscos de queda para nossas estimativas, considerando também o cenário de juros mais altos no Brasil na comparação com os meses anteriores” explica.

Ele comenta que o comércio eletrônico continua sendo um apelo estrutural de alta para o papel, mas com grande ruído , ao qual o Magazine Luiza está altamente exposto.

“Há também outros três problemas para o ativo, que são a desaceleração do comércio eletrônico local, também afetado pela reabertura total das operações da B&M, a concorrência de players nacionais e internacionais (mais descontos, subsídios e CAC crescente) e a preocupações com margens sustentáveis ​​para players de comércio eletrônico, dada a competitividade perspectiva à frente”, conclui Guanais.

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Repórter
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
bruno.andrade@moneytimes.com.br
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.