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Magazine Luiza (MGLU3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 161 milhões no 1T22

16 maio 2022, 19:15 - atualizado em 16 maio 2022, 21:44
Magazine Luiza
O Magazine Luiza vem sofrendo com a piora da economia, provocada pela elevação dos juros (Imagem: Divulgação)

O Magazine Luiza (MGLU3) reportou prejuízo líquido de R$ 161 milhões no primeiro trimestre de 2022, revertendo o lucro líquido de R$ 258 milhões do mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (16).

O número ficou acima do esperado pelo consenso de mercado reunido pela Bloomberg, que anotava prejuízo líquido de R$ 189 milhões.

A empresa vem sofrendo com a piora da economia, provocada pela elevação dos juros. Desde o seu pico, a ação do Magazine Luiza já derreteu mais de 80%.

Na base ajustada, o Magazine Luiza teve prejuízo líquido de R$ 98,8 milhões. Segundo a empresa, o número foi influenciado, principalmente, pelo aumento das despesas financeiras no período.

A receita líquida subiu 6,2% ante o ano passado, somando R$ 8,7 bilhões.

O Ebitda, que mede o resultado operacional, somou R$ 339 milhões, queda de 51,2%, enquanto a margem Ebitda caiu 4,5 pontos percentuais.

Já o Ebtida ajustado ficou em R$ 434 milhões, alta de 1,7%.

As vendas totais, incluindo o marketplace, somou R$ 14 bilhões, elevação de 13,2%.

E-commerce

Ponto forte do Magalu, as vendas no e-commerce avançaram 16,2% e atingiram R$ 10,2 bilhões.

No e-commerce com estoque próprio (1P), as vendas evoluíram 3,2%, enquanto o marketplace cresceu 49,9% e atingiu R$ 3,7 bilhões em vendas no trimestre.

“O ganho de marketshare foi impulsionado pela performance do app, com 40,0 milhões de usuários ativos mensais, além da entrega mais rápida para 1P e 3P, a evolução da base de sellers e das novas categorias”, coloca.

Lojas físicas do Magalu

Apontada como um problema, as vendas do canal de lojas física atingiram R$ 3,9 bilhões e foram 6% superiores às registradas no mesmo trimestre do ano passado.

“Os meses de janeiro e fevereiro foram significativamente melhores que os meses finais de 2021. Em março, o desempenho foi ainda melhor, ajudado parcialmente pela menor base de comparação”, justifica.

Apesar disso, a empresa apurou queda de vendas mesmas lojas no varejo físico de 2,8% no primeiro trimestre.

Repasse de custos ao consumidor

Para vencer a inflação galopante e persistente, o Magazine Luiza informou que vem repassando a elevação de custos para o consumidor, o que foi refletido na margem bruta.

“Os níveis de estoque foram ajustados, com redução do saldo em mais de 1 bilhão de reais comparado ao fechamento de 2021. Além disso, otimizamos as despesas variáveis e fizemos ajustes na operação para estarmos mais adaptados ao tamanho do mercado atual, que tem sofrido o impacto do cenário macroeconômico adverso”, coloca.

Com isso, a margem Ebitda ajustada nos primeiros três meses do ano foi de 5,0%, – uma expansão de 2,4 p.p. na comparação com o quarto trimestre de 2021.

“Precisávamos reposicionar nossas margens operacionais, então reduzimos subsídios e custos fixos, ajustamos a taxa cobrada dos vendedores no marketplace, reduzimos prazos e repassamos custos mais altos”, disse à Reuters o diretor financeiro e de relações com investidores, Roberto Rodrigues.

O executivo citou ainda alguns fatores que podem contribuir para o desempenho da companhia na segunda metade do ano, como a Copa do Mundo sobre as vendas de eletrônicos e da sua divisão de artigos esportivos Netshoes.

Além disso, Rodrigues disse esperar que o juro futuro comece a perder força, o que pode reduzir a pressão sobre o serviço da dívida da companhia.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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