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Magliano monta carteira para eleições em cenários com e sem Lula

24 jan 2018, 11:21 - atualizado em 24 jan 2018, 11:21

Estimando em 20% a probabilidade de um candidato contrário à agenda de reformas chegar ao segundo turno, os analistas da corretora Magliano montaram uma carteira de ações para equipar o investidor diante de possíveis cenários da corrida presidencial.

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Pedro Galdi e Carlos Soares Rodrigues, autores do relatório enviado a clientes, veem chance de 50% de um nome de perfil reformista passar para o segundo turno e projetam em 30% a probabilidade de avanço de alguém a favor das reformas, porém de forma moderada.

Dentre os possíveis candidatos, a dupla da Magliano coloca Lula, Ciro Gomes e Fernando Haddad no grupo (A) que discorda da agenda de reformas. Jair Bolsonaro, Marina Silva e Joaquim Barbosa integram o grupo (B) que concorda, mas com viés moderado. Enquanto Geraldo Alckmin, Rodrigo Maia e Henrique Meirelles pertencem ao grupo (C) reformista.

A aposta dos analistas é que o próximo presidente da República será do grupo reformista em razão do fracasso recente de governos populistas. Seria o “céu de brigadeiro” para os investidores, segundo Galdi e Rodrigues, podendo “levar o Ibovespa a buscar um patamar muito acima do atual”, com queda do dólar e inflação estável.

Em contrapartida, se avançarem nas pesquisas as lideranças do grupo A, a Bolsa tende a sofrer pressão para baixo, com disparada do dólar e aumento da inflação. Na perspectiva dos analistas, Lula, que pode ser condenado no TRF-4 nesta quarta-feira (24), deve “caminhar o máximo possível como candidato em campanhas pelo PT pelo interior do Brasil e, se não for impedido, terá mais tempo para levar a bandeira do PT em diferentes regiões do país”. Se for impedido, acrescentam, pode passar o bastão a Haddad, ex-prefeito de São Paulo.

Para a equipe da Magliano, o calendário eleitoral será o grande vetor para o comportamento do mercado neste ano. ”Quanto mais próximo das eleições, mais pesquisas irão alimentar o campo das especulações e gerar volatilidade para a bolsa de valores e para o dólar.”

Carteira

Neste contexto, a partir do foco esperado pelo perfil dos possíveis candidatos, os analistas da Magliano selecionaram setores que tendem a se beneficiar com os grupos A, B e C. Assim, criaram um portfólio de ações para atravessar o ciclo eleitoral de 2018.

Para Galdi e Rodrigues, Lula, Haddad ou Ciro são sinônimo de medidas populistas, infraestrutura e BNDES ativo. Ou seja, reflexo em incorporadoras, consumo e exportadoras. No caso do grupo B, de Bolsonaro, Marina e Joaquim Barbosa, eles preveem iniciativas em defesa e segurança, saúde e educação. Isso favorece bancos, empresas de ensino e exportadoras. Já com um candidato reformista, atenção para privatização, infraestrutura e energia – bom para bancos, empresas de concessões e energia.

“O Ibovespa flerta, atualmente, nos 80 mil pontos e seu rumo terá forte relação com o posicionamento dos candidatos dos grupos que citamos A, B ou C a partir de meados de maio”, escrevem Pedro Galdi e Carlos Soares Rodrigues.

Veja, a seguir, a carteira recomendada da Magliano para as eleições de 2018:

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