Política

Maia critica nota do general Heleno e diz que “ameaça não é o caminho”

22 maio 2020, 19:37 - atualizado em 22 maio 2020, 19:37
Rodrigo Maia
“Isso só afasta o STF do governo e cria mais instabilidade no momento de hoje”, ponderou o presidente da Câmara (Imagem: Agência Câmara/Cleia Viana)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, criticou a nota divulgada nesta sexta-feira (22) pelo ministro-chefe do Gabinete da Segurança Institucional, General Augusto Heleno.

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Na nota, o ministro disse que “haverá ‘consequências imprevisíveis para a estabilidade institucional” se o celular do presidente Jair Bolsonaro for apreendido.

A nota de Heleno se referia ao fato de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, ter encaminhado à Procuradoria-Geral da República para que se manifestasse sobre o pedido de apreensão do telefone. Maia concedeu entrevista à Rede Record no fim da tarde desta sexta-feira (22).

“Ameaça é muito ruim, não é esse o caminho”, destacou Maia. Para Rodrigo Maia, o ministro do Supremo não se excedeu ao encaminhar o pedido à PGR para dar opinião sobre a entrega do aparelho. Segundo ele, uma conversa entre o Ministério da Justiça e Celso de Mello poderia ser melhor do que uma ameaça por nota ao STF.

“Isso só afasta o STF do governo e cria mais instabilidade no momento de hoje”, ponderou o presidente da Câmara.

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Na avaliação de Rodrigo Maia, esse tipo de agressão sinaliza de forma negativa para os investidores no País. Para Maia, o Brasil vive um momento muito difícil e todos devem se unir para tratar do mais importante que é salvar vidas em razão da pandemia da Covid-19.

“Essas agressões que confrontam, que agridem, como o general Heleno fez no início do ano acusando o Parlamento de charlatanismo, a cada vez, o que sinaliza no exterior é que não se pode investir no Brasil”, destacou o presidente.

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agencia.camara@moneytimes.com.br