Maior produtora de carne da Tailândia retoma operações na China

A Charoen Pokphand Foods, maior produtora de carne da Tailândia, disse que a retomada de algumas operações na China ajudará a limitar o impacto do surto de coronavírus na receita.

Autoridades chinesas deram à empresa de Bangcoc luz verde para retomar as entregas de ração às fazendas de todas as províncias, disse o CEO Prasit Boondoungprasert.

Restrições provocadas pelo surto resultaram no acúmulo de estoques que não podiam ser transportados, disse.

“A retomada de nossas operações na China é um bom sinal de recuperação das atividades comerciais”, disse Prasit em entrevista na segunda-feira. “Isso limitará o impacto do vírus em nosso desempenho geral este ano.”

Prasit disse que a empresa começará a exportar aves para a China em 2020. A CP Foods, gigante agroindustrial controlada por uma das famílias mais ricas da Tailândia, busca impulsionar o crescimento por meio da expansão no exterior, inclusive no Vietnã e na China.

Economia da China

O surto da doença Covid-19 levou a China a impor amplas restrições para conter a propagação da doença. Com isso, a maior economia da Ásia pode encolher no primeiro trimestre. A CP Foods gera cerca de 25% da receita da China e planeja tornar o país um dos seus maiores mercados de exportação de carne de frango.

Prasit disse que a CP Foods tem expandido a produção de carne suína no Vietnã para aproveitar os altos preços provocados pelo surto de peste suína africana. As fazendas da empresa não foram afetadas pelo vírus que mata os suínos, de acordo com Prasit.

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A expansão inclui um investimento de mais de 4 bilhões de bahts (US$ 127 milhões) para aumentar a produção do Vietnã em cerca de 40%. As granjas na Tailândia serão ampliadas para mercados de exportação.

“O negócio de carne suína continuará sendo o principal impulsionador dos ganhos da CP Foods nos próximos anos, já que os preços da carne continuarão altos”, disse Anakepong Putthapibal, analista da Asia Plus Securities. “Mas a desaceleração econômica da Tailândia será um risco-chave, já que deve pesar no consumo doméstico.”

A China é o maior mercado da empresa no exterior, seguida pelo Vietnã, onde obtém cerca de 16% da receita, segundo dados compilados pela Bloomberg.