Mais um ano de recessão seria devastador para empresas, diz BTG Pactual
A tão sonhada recuperação econômica de 2017 está escapando e deixando os empresários de cabelo em pé. Mesmo com uma fraquíssima base de comparação, os analistas têm reduzido a estimativa de crescimento e, em seguida, a projeção de avanço dos lucros das empresas.
Receba o Giro Money Times grátis em seu email
“Nós passamos a maior parte do ano cortando as nossas estimativas de lucros”, ressalta o BTG Pactual em um relatório publicado hoje e assinado por Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira. Ainda assim, o banco espera um crescimento de 17% no resultado das 214 companhias analisadas (excluindo Petrobras e Vale).
O avanço esperado é ainda maior, de 19,6%, para as empresas que vendem para o mercado interno. O problema, entretanto, é a persistência das revisões para baixo para o crescimento do PIB. Enquanto há algumas semanas o consenso apontava recuperação de 1,3%, agora não passa de 0,8%.
Segundo os cálculos do BTG, para cada 0,5 ponto percentual a menos no PIB, o crescimento esperado para os lucros das empresas seria cortado em aproximadamente 2 pontos percentuais. Os analistas lembram, contudo, que novas mudanças significativas podem alterar bastante as projeções. “Outro ano de recessão poderia ter um impacto devastador sobre a confiança dos empresários e do consumidor, tornando uma recuperação ainda mais difícil”, alerta o BTG.