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Marink Martins: Chegamos ao fim do ciclo de alta?

10 dez 2018, 10:04 - atualizado em 10 dez 2018, 10:04

Por Marink Martins, do blog MyVol e autor da newsletter Global Pass

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Neste fim de semana, após a queda expressiva do índice S&P 500, muito se falou a respeito do cruzamento de suas médias móveis de 50 dias e 200 dias.

Os pessimistas de plantão foram as ruas e praticamente declararam, de peito estufado, o fim do ciclo de alta deste que é o mais importante indicador bursátil do mundo.

Não é para menos!

Observe o gráfico abaixo e veja que a última vez que tal cruzamento de médias ocorreu foi em janeiro de 2016 – justamente em um momento de extrema volatilidade nas bolsas globais que parecia o prenúncio de uma crise global, mas que foi revertido pela decisão dos líderes do G20 que, em reunião em Shanghai, decidiram salvar o mundo. Após tal reunião os bancos centrais do Japão e de Europa decidiram levar suas taxas de juros para o terreno negativo.

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Dito isso, antes que você saia se desfazendo de todos os seus ativos é importante avaliarmos o “track record” deste evento que certamente já ocorrera em diversas ocasiões.

O interessante é que os estrategistas da Gavekal analisaram tal situação, partindo do ano de 1970, e detectaram 22 cruzamentos similares. O que é curioso é que somente em 10 destas 22 ocasiões, tal cruzamento foi seguido de uma maior deterioração no índice S&P 500. Em aproximadamente 55% dos casos, tal cruzamento representou o que é conhecido na medicina como falso positivo.

Apesar da constatação, eu, que estou muito longe de ser um grafista – não gosto de análises gráficas de longo prazo por elas compararem “banana com laranja” e desprezarem o que é conhecido na filosofia como devir – não consigo, de forma alguma, ignorar a deterioração do sentimento dos investidores. Isso, em uma economia que tem o comportamento do índice S&P 500 como base de sustentação, é algo preocupante.

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Duas perguntas vem a mente:

1 – Quanto precisa cair o índice S&P 500 para que o FED interrompa seu processo de aperto monetário (“quantitative tightening”)? Em outras palavras: qual é o strike da PUT de Jerome Powell?

2 – Mesmo intervindo, conseguirão as autoridades monetárias reverter uma tendência de queda como fizeram no início de 2016?

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