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Mater Dei dribla concorrência com aquisição do Grupo Porto Dias

07 jul 2021, 14:50 - atualizado em 07 jul 2021, 14:50
Grupo Porto Dias
Segundo os analistas Francisco Navarrete e Maria Clara Negrão, da Ágora Investimentos, a aquisição é estratégica, uma vez que permite à Mater Dei ter presença em uma região menos competitiva (Imagem: Facebook/Hospital Porto Dias)

A Mater Dei (MATD3) deu um passo importante ao adquirir o Grupo Porto Dias, disse a Ágora Investimentos. Além de ser referência na região Norte do Brasil, o ativo coloca a companhia fora do atual eixo de competição dos principais nomes do setor de saúde.

A Mater Dei comprou 70% do grupo por R$ 800 milhões. Além do valor, a Mater Dei vai emitir 27 milhões de ações, 7% do seu capital, em favor dos atuais acionistas do Grupo Porto Dias, que terão restrições de liquidez (lock-up) específicas acordadas entre as partes.

O acordo também abre a possibilidade de aquisição ou venda futura dos  30% de participação remanescentes da Família Porto Dias (fundador) a um desconto de 20% do múltiplo que a Mater Dei estiver avaliado em Bolsa à época.

Segundo os analistas da Ágora Francisco Navarrete e Maria Clara Negrão, o negócio é estratégico, uma vez que permite à Mater Dei ter presença em uma região menos competitiva. Além disso, o Grupo Porto Dias pode fornecer crescimento de aproximadamente 50% do número de leitos para a companhia.

“O mercado do Grupo Porto Dias está localizado no estado do Pará, região norte do Brasil, com cerca de 800 mil beneficiários, sendo o décimo segundo maior mercado beneficiário do país. Outras operadoras que estão mais próximas do público-alvo da Mater Dei no estado são Bradesco Saúde, Unimed Oeste, Vale e Central Nacional Unimed com aproximadamente 20% do mercado beneficiário local”, comentaram.

Os analistas lembraram que o Grupo Porto Dias trabalha com grande parte destes operadores. A exceção é o Bradesco Saúde.

A Ágora reiterou a compra da ação da Mater Dei, com preço-alvo de R$ 25.

A Guide Investimentos destacou o grande potencial de sinergias na operação. Na opinião da corretora (semelhante à leitura da Ágora), a aquisição deve impulsionar significativamente o resultado operacional da Mater Dei.

“Vemos ainda com bons olhos a expansão no Norte do país, onde os principais players do mercado ainda não possuem forte presença”, disse.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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