Mater Dei (MATD3): O tripé que consolida a ação como a small cap favorita do BTG no setor de saúde
O BTG Pactual revisou sua recomendação para o Hospital Mater Dei (MATD3) de neutra para compra (preço-alvo de R$ 7) e elegeu a ação como sua small cap favorita do setor de saúde.
Para o banco, a companhia combina poder de geração de valuation atrativo, bom ponto de entrada e resultadoss sólidos.
A ação combina valuation atraente, negociando a menos de 10x o lucro de 2026, com desconto frente aos pares e à sua média histórica, além de forte momentum de resultados, sustentado por dinâmicas sólidas no quarto trimestre deste ano (4T25) e a partir do ano que vem.
Segundo os analistas, apesar das melhorias operacionais significativas entregues neste ano, a ação avança “apenas” 28% da ação no ano, em linha com o Ibovespa no período.
“Acreditamos que isso cria um ponto de entrada atrativo para investidores que buscam uma história de recuperação de alta qualidade, com melhora na geração de caixa e maior visibilidade de resultados”, apontam Samuel Alves e Maria Resende.
Mater Dei: ciclo de recuperação veio para ficar
Após os resultados fracos e desafiadores registrados até o 4T24, a Mater Dei entrou em um novo ciclo de recuperação em 2025, marcado por uma melhora gradual e consistente ao longo do ano. Os resultados do 2T foram melhores que os do 1T, e o 3T superou o 2T.
Diversas iniciativas começaram a amadurecer, incluindo a continuidade do ramp-up da recente expansão em Nova Lima, maior complexidade em ativos hospitalares selecionados, melhorias nos serviços de oncologia, maior alavancagem operacional e redução de despesas corporativas após o desinvestimento do Porto Dias.
“Não por acaso, as margens atingiram 22,2% no 3T25, o maior nível desde o desinvestimento, e acreditamos que as margens devem se manter nesse patamar ou acima dele mesmo em trimestres sazonalmente mais fracos”.
Os analistas do banco entendem que essa tendência é sustentável e o efeito carregado dessas iniciativas deve ser significativo em 2026
Prévia do 4T25 reforça bom momento de resultados
No período, dados setoriais apontam frequências hospitalares sólidos. A taxa de ocupação em outubro/25 atingiu 78,7% (a maior leitura de outubro da última década), frente a uma média de 79,8% no 3T25.
Os checks de canal do BTG sugerem que níveis fortes de atividade em outubro e novembro e, assumindo ausência de surpresas negativas relevantes em dezembro, a Mater Dei deve novamente entregar resultados sólidos.
Eles observam que alguns pares (como Fleury e Rede D’Or) também adotam um discurso otimista em relação às frequências no 4T25.
“Para o trimestre, projetamos crescimento de receita de cerca de 13% a/a, com margem EBITDA avançando para ~22%, comparado a apenas 16% no 4T24 (base de comparação fácil). Para o próximo ano, esperamos crescimento de receita em dois dígitos, impulsionado pela estratégia da companhia de elevar a complexidade dos serviços dentro de seus hospitais, além de nova expansão de margens”.