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Melhor frigorífico para investir em 2023 traz duelo entre JBS (JBSS3) e Minerva (BEEF3), diz Itaú

28 nov 2022, 7:29 - atualizado em 28 nov 2022, 7:29
Melhor frigorífico para investir
Melhor frigorífico para investir em 2023 têm ações descontadas e bom spread nas margens para exportar carne bovina. (Imagem: Unsplash/Justus Menke)

A última temporada de resultados referente ao terceiro trimestre de 2022 deixou pistas sobre qual deverá ser o melhor frigorífico para investir em 2023. Para o Itaú BBA, o duelo está entre as ações de JBS (JBSS3) e Minerva Foods (BEEF3).

Ambos os frigoríficos ostentam recomendação de compra, de acordo com o analista Gustavo Troyano, mas as razões que colocam as empresas em evidência em 2023 são distintas.

O BTG Pactual também destacou que entre os quatro grandes frigoríficos listados na B3, um deles está em excelente ponto de entrada ao investidor, prestes a disparar até 63% nos próximos meses.

Frigorífico com ações descontadas

A JBS tem preço-alvo de R$ 54 e potencial de valorização de 110% em até um ano, segundo a gestora. Nos últimos 12 meses, a empresa teve queda de quase 12% em valor de mercado.

O frigorífico teve resultado recorde no terceiro trimestre e somou Ebitda ajustado de R$ 9,54 bilhões, importante indicador para acompanhar a geração de caixa.

Uma empresa com geração de caixa saudável tem espaço para distribuir bons dividendos aos seus acionistas. No caso, a JBS  intensa recuperação de geração de caixa a R$ 3,2 bilhões, abrindo espaço para a distribuição de dividendos bilionária.

“Para 2023, vemos ainda as ações da JBS negociando com desconto injusto do mercado, contando com uma excelente geração de caixa capaz de sanar os impactos com a virada de margens do gado nos Estados Unidos”, avalia Troyano.

As reduções nos custos de grãos usados para ração animal também ajudam o frigorífico a fechar as contas, promovendo a melhora de margens de frangos após nove meses de declínio.

Boi barato em 2023 ajuda essa ação

O Itaú BBA estima preço-alvo de R$ 20 para as ações do Minerva, implicando no potencial de alta de 57% em até um ano. Nos últimos 12 meses, os papéis da empresa tiveram valorização de 48%.

A gestora reitera que o frigorífico brasileiro, com maior presença na América do Sul, ainda tem muito valor a destravar para os acionistas, levando em conta perspectivas de preços mais baratos para o boi em 2023.

“Essa semana dados de exportação mostraram queda de 4% nos preços de carne bovina vendidas ao exterior para US$ 5,2 por quilo, o menor patamar desde janeiro. A tendência baixista tem se consolidado desde setembro. São boas notícias para o Minerva”, explica Troyano.

Se a queda de preços do boi se confirmar em 2023, as margens de exportação do Minerva deverão ficar acima da média histórica e dando suporte às expectativas de melhora de lucratividade do frigorífico.

A empresa vem de uma safra de resultados positiva, com o volume de abates da empresa crescendo 3,5% para 983,9 mil cabeças de gado no terceiro trimestre.

O aumento na disponibilidade de animais prontos para o abate na América do Sul (incluindo o Brasil), combinado com a restrição na oferta norte-americana de carne bovina ao longo dos próximos anos, proporcionam oportunidades únicas para os exportadores sul-americanos.

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Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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