Combustíveis

Menor volume de voos piora cenário para combustível de aviação

30 set 2020, 12:43 - atualizado em 30 set 2020, 12:43
Avião
O tráfego aéreo se recuperava de forma constante na esteira do coronavírus, mas ainda havia uma dúvida persistente sobre o que aconteceria quando as férias de verão terminassem nos países do hemisfério norte (Imagem: United Continental Holdings/Reprodução)

O outono chegou ao hemisfério norte e, com a estação, uma nova queda do número de voos comerciais que causará alarme nas refinarias de petróleo globais, já que o excesso de combustível de aviação afeta a rentabilidade do setor.

As perspectivas para o combustível de aviação são fundamentais para o mercado de petróleo em geral, uma vez que refinarias se deparam com uma recuperação em duas velocidades da demanda frente ao impacto do coronavírus. Embora o consumo de gasolina tenha aumentado diante de passageiros que evitam o transporte público e se deslocam com os próprios carros, a demanda por diesel e combustível para aviação continua baixa.

A redução do número de voos também alarmaria a Arábia Saudita e a Rússia, líderes da aliança Opep+ que, em dois meses, precisarão avaliar se a demanda por petróleo se recuperou o suficiente para desacelerar os cortes de produção.

O número de voos comerciais diários no mundo todo caiu para o menor nível em três meses no início da semana, de acordo com dados do Flightradar24, um site que rastreia voos em tempo real. Embora os números diários sejam inconstantes, a média móvel de 7 dias, que é menos volátil, também mostra queda, atingindo o nível mais baixo desde meados de agosto.

O tráfego aéreo se recuperava de forma constante na esteira do coronavírus, mas ainda havia uma dúvida persistente sobre o que aconteceria quando as férias de verão terminassem nos países do hemisfério norte.

Embora a queda sazonal dos voos seja esperada, a recente baixa observada nos dados do Flightradar24 parece mais pronunciada do que no período comparável do ano passado – e em relação a uma base muito menor.

A esperança de uma recuperação do tráfego, que companhias aéreas esperavam começar no verão e melhorar até o fim do ano, diminuiu em meio aos crescentes casos de Covid-19 e volta das restrições de viagens, o que levou ao cancelamento de voos.

A Ryanair, maior companhia aérea de baixo custo da Europa, anunciou mais cortes de voos para outubro e alertou sobre reduções semelhantes em seus horários de inverno, de novembro a março. A Deutsche Lufthansa, que alertou sobre novos cortes dos serviços, disse à equipe no início do mês que as reservas de assentos para outubro correspondem a apenas 10% dos níveis do ano anterior.

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