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Menos de 1% das transações em bitcoin são ilícitas, afirma análise

14 maio 2020, 15:19 - atualizado em 14 maio 2020, 15:19
Apesar da desconfiança geral de que o bitcoin é algo perigoso de se investir, menos de 1% das transações realizadas com a criptomoeda acontecem para atividades ilícitas (Imagem: Pixabay/geralt)

Transações em bitcoin ligadas a atividades ilícitas — como mercados na dark web, carteiras de ransomware ou fraudadores — se mantiveram abaixo de 1% da quantia total pelos últimos anos, de acordo com dados da Elliptic.

A empresa de análise em blockchain afirmou que a porcentagem de transações ilícitas em bitcoin diminuiu cerca de 35% em 2012 para menos de 1% atualmente.

Elliptic afirmou ter calculado o valor em dólares das transações em bitcoin diretamente ligados a entidades ilícitas em sua base de dados mensal a partir de 2012. Aplicou uma taxa de câmbio entre bitcoin e dólar na época de cada transação para conversões em dólares.

“Para fazer esse cálculo como uma porcentagem de todos os bitcoins enviados, precisamos determinar quantias aproximadas do valor do bitcoin em dólares ao longo do tempo”, afirmou a empresa.

Porcentagem de transações em bitcoin ligadas a crimes (Imagem: Elliptic)

“Existe uma clara tendência de redução”, afirmou Tom Robinson, cofundador e cientista principal da Elliptic, ao The Block.

“Acho que isso se dá pela aplicação de regulações antilavagem de dinheiro (AML), o trabalho das autoridades e as medidas AML de corretoras e outras empresas cripto — além de uma crescente especulação sobre o uso dominante de cripto.”

Elliptic não divulgou o valor em dólares das transações ilícitas em bitcoin. Robinson afirmou que a empresa busca enviar uma mensagem especificamente sobre a proporção ligada à criminalidade.

“Achamos que há muito foco nos números absolutos enquanto as pessoas deveriam estar analisando o amplo contexto”, ele afirmou.

Também não se sabe qual a porcentagem das transações em moedas fiduciárias são ligadas a atividades ilícitas. Robinson afirmou que o blockchain do bitcoin é transparente, mas é “muito difícil” rastrear fiduciárias. “Não sei dizer quais são os números exatos para fazer uma comparação justa”, disse ele.

Em 2018, a Elliptic realizou um estudo parecido e concluiu que apenas 0,61% em transações de bitcoin foram ligadas a fontes ilícitas.

No ano passado, a adversária da Elliptic, Chainalysis, afirmou que apenas 1% da atividade em bitcoin é relacionada a atividades ilegais. Porém, é importante destacar que o número divulgado pela Chainalysis em 2012 era de 7%; Elliptic, 35%.

Robinson afirmou que a Elliptic coleta dados sobre endereços usados por inúmeras entidades.

“Isso inclui tanto serviços legítimos, como o de corretoras, carteiras ou processadores de pagamento, como também de entidades ilícitas… Todos os nossos dados são sustentados por evidências — nossos clientes utilizam para tomar decisões complacentes, então a precisão é fundamental”, ele acrescentou.

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