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Mercado de dívida de títulos verdes terá novos elegíveis do agronegócio

17 mar 2020, 11:32 - atualizado em 17 mar 2020, 14:08
Klabin
Klabin já estruturou e emitiu títulos verdes para o mercado de dívidas

Num cenário pós crise global ocasionada pelo coronavírus, quando as companhias e os mercados financeiros estiverem deixando de tocar somente as emergências e se voltarem para ações estratégicas de prazos mais largos, a economia de baixo carbono estará nessa fila.

Estimativas apontam que o mundo dispõe de cerca de US$ 40 trilhões para investimentos nos chamados mercados financeiros verdes. Ou seja, emissões exclusivas para o mercado de capitais.

A Climate Bonds Initiative (CBI), organização com sede em Londres, certificadora do mercado de dívida estruturado em emissões dessa natureza, aposta no Brasil em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), debêntures e outros títulos.

A CBI, segundo Thatyanne Gasparotto, coordenadora para a América Latina, já tem no portfólio emissões de US$ 3,226 bilhões em nome da Klabin (KLBN11), Celulose Irani (RANI3;RANI4), Fibria (hoje Suzano) e Suzano (SUZB3). As papeleiras sempre estiverem na frente desse mercado, inclusive em projetos de crédito de carbono.

No mundo, foram emitidos três títulos agroflorestais, valendo em torno de US$ 730 milhões.

“Além do agroflorestal, o setor de bioenergia é um forte candidato em estruturar emissões no mercado de dívida”, diz a executiva.

Agora, a certificadora está recolhendo sugestões em consultas públicas. Para a head da América Latina da CBI, a partir do segundo semestre o espectro de opções de CRAs e debêntures verdes, entre outros, deverá ser maior, a partir de elegibilidade de novos ativos e projetos.

A consulta Agriculture Criteria irá até dia 31 deste mês e é “para todos os players do mercado, emissores, investidores, governos, verificadores, intermediários e outros”.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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