Economia

Mercado de trabalho no Brasil: o longo caminho a ser percorrido

03 mar 2018, 11:30 - atualizado em 03 mar 2018, 11:30

Oscar André Frank Junior, autor do blog Economics For Real.

O gráfico abaixo mostra a evolução dos trabalhadores formais e dos informais somados aos por Conta-própria (pessoas que trabalham explorando seu próprio empreendimento, sem ter empregado) ao longo dos últimos anos.

Enquanto o primeiro grupo ainda não esboçou reação, o segundo foi o responsável pela queda observada na taxa de desemprego em 2017, puxando também a massa real de salários para cima no ano passado. Esse é o ajuste padrão do mercado de trabalho após períodos recessivos.

Como a recuperação da economia brasileira deve se intensificar em 2018, a tendência é de que os postos de trabalho com carteira assinada aumentem. A massa real de salários deverá seguir crescendo por conta desse efeito – um trabalhador formal ganha, em média, 74,4% e 32,2%% a mais do que um informal e um por conta-própria, respectivamente -.

Vale lembrar que eventuais trocas do mercado formal para o informal e por conta-própria (e vice-versa) não afetam a taxa de desemprego. Ainda assim, a proporção de desocupados deverá seguir caindo em 2018, uma vez que a retomada econômica favorece o uso de mão de obra.

O ajuste pleno do mercado de trabalho, no entanto, ainda levará muito tempo.

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