Reforma Tributária

Mercado disciplina rigor fiscal e vê chance de Haddad encampar reforma tributária com Appy, prevê Citi

12 dez 2022, 17:33 - atualizado em 12 dez 2022, 17:33
Reforma Tributária
Haddad pode nomear autor de projeto da reforma tributária na equipe econômica (Imagem: Arte/Câmara dos Deputados)

O mercado financeiro ainda tenta engolir a escolha de Fernando Haddad no comando do Ministério da Fazenda a partir de 2023. Mas são os nomes da equipe econômica do futuro ministro que serão decisivos para conquistar a confiança dos investidores.

Para o economista-chefe do Citi Brasil, Leonardo Porto, Haddad pode encampar a reforma tributária, conforme destacou recentemente durante evento na Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Ao lado do futuro ministro, estaria Bernard Appy.

“Ele é um estudioso no tema; em uma boa reforma tributária”, comentou Porto em evento para jornalistas, referindo-se ao economista que vem sendo citado na imprensa. Appy é mentor de uma das propostas de reforma tributária em tramitação no Congresso e foi secretário na Fazenda durante o governo Lula. 

O Money Times participou do Citi Press Summit a convite. As palavras de Porto ecoam a avaliação do Julius Baer, de que a nomeação da equipe econômica de Haddad pode provocar um momentum positivo; e também do CEO do BR Partners, Ricardo Lacerda. Para ele, o ex-prefeito de São Paulo na Fazenda “não é ruim”

Mercado disciplina fiscal

Segundo Porto, do Citi Brasil, a reforma tributária defendida pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva pode ter aumento de impostos no médio e longo prazos. Entre eles, a taxação de herança e de dividendos, já citada por Haddad.

Em contrapartida, Lula também poderia cortar isenções de impostos a alguns setores. Porém, o economista do Citi lembra que tudo isso tem um custo político. 

Ainda assim, para ele, o mercado financeiro será o fiel da balança nesse processo. “O mercado disciplina a responsabilidade fiscal”, afirma Porto.

Ele cita como exemplo recente a situação dos gastos no Reino Unido, onde a tentativa de um pacote radical culminou na queda da ex-primeira-ministra Liz Truss cerca de um mês depois de assumir o cargo.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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