Mercados

Mercado gosta de se enganar, diz Alexandre Schwartsman sobre liberal na Economia

16 nov 2022, 13:41 - atualizado em 16 nov 2022, 13:48
Lula PT
Para o Schwartsman, o presidente eleito não fará igual ao primeiro mandato porque as condições eram “totalmente diferentes”. (Imagem: Flickr/ Lula Oficial/Ricardo Stuckert)

Ao insistir em cogitar que o governo Lula nomeará um liberal para o comando do Ministério da Economia, o mercado financeiro mostra que “gosta de se enganar”, avalia o ex-diretor de relações internacionais do Banco Central, Alexandre Schwartsman.

Em reunião com um grupo de clientes da Portogallo, family office que tem optado principalmente por títulos do tesouro norte-americano em detrimento de ações brasileiras, o economista disse que a posição comprada em Bolsa faz o mercado local se agarrar a “qualquer tábua de salvação jogada ao mar”.

“As declarações que ele [o presidente eleito Lula (PT)] deu no dia em que ele chorou são exatamente do mesmo teor do documento que a campanha divulgou antes da eleição”, afirmou sobre o dia em que críticas do presidente eleito ao teto de gastos fez o Ibovespa desabar 3,3%.

Schwartsman, que declarou voto nulo no segundo turno das eleições deste ano, lembrou que o próprio Lula já disse que o ministro da Economia não será o ex-presidente do BC e ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como idealizado por agentes do mercado.

O petista tem sinalizado que prefere um nome político para a Pasta. Na bolsa de apostas, corre inclusive o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, nome que tem contribuído para azedar o humor dos mercados. 

Para o Schwartsman, o presidente eleito não fará igual ao primeiro mandato porque as condições eram “totalmente diferentes”. “Pragmatismo política do Lula é de curto prazo”, criticou. “Ele optará pelo caminho de menor resistência para ter o máximo de dividendo político”. 

O economista comparou o momento atual com a época em que a então presidente Dilma Rousseff nomeou Joaquim Levy para a Economia, em 2014. Criticado por petistas, ele promoveu um ajuste fiscal em meio à crise de 2014, e foi demitido do governo com menos de um ano de mandato. 

Siga o Money Times no Instagram!

Conecte-se com o mercado e tenha acesso a conteúdos exclusivos sobre as notícias que enriquecem seu dia! Todo dia um resumo com o que foi importante no Minuto Money Times, entrevistas, lives e muito mais… Clique aqui e siga agora nosso perfil!

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Linkedin
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual — toda semana, com curadoria do Money Picks

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar