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Mercado Livre abre mais 5 centros logísticos e dobra capacidade no Brasil

12 nov 2020, 12:10 - atualizado em 12 nov 2020, 12:10
Mercado Livre
As novas unidades agregam 340 mil metros quadrados à malha do braço de logística da empresa, que atingirá mais de 600 mil metros quadrados (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

O Mercado Livre anunciou nesta quinta-feira a abertura de cinco novos centros logísticos no Brasil, enquanto reforça sua estrutura após um salto do comércio eletrônico no país na esteira da pandemia da Covid-19.

A companhia terá três novos galpões em São Paulo (dois em Cajamar e um em Guarulhos), um em Governador Celso Ramos (SC) e outro em Extrema (MG). As novas instalações elevam de três para oito o total de centros logísticos do Mercado Livre no país, dobrando a capacidade logística no país, que responde por 55% das receitas totais da companhia com sede na Argentina.

Das cinco novas unidades, que entram em operação entre este mês e o começo de 2021, quatro, serão da modalidade “fulfillment”, com o estoque dos vendedores todo gerenciado pelo Mercado Livre, do armazenamento até a entrega. A empresa prefere centralizar todo o processo para ganhar mais produtividade.

As novas unidades, que estão dentro do plano de investimento de 4 bilhões de reais no país para 2020, agregam 340 mil metros quadrados à malha logística da companhia, que atingirá mais de 600 mil metros quadrados. A expectativa é de que elas criem 13,5 mil empregos diretos.

“Isso vai nos ajudar a ampliar o volume de entregas que fazemos em até dois dias no país”, disse o presidente-executivo do Mercado Livre, Marcos Galperin, em entrevista à Reuters.

O anúncio sublinha a crescente aposta de grandes empresas de comércio eletrônico no Brasil de concentrar todo o processo de coleta e entrega de encomendas de forma a ficarem menos dependentes de terceiros, como os Correios.

Marcos Galperin
“Os novos centros vão nos ajudar a ampliar o volume de entregas que fazemos em até dois dias no país”, explica o CEO do Mercado Livre (Imagem: Reuters)

Na segunda-feira, a gigante norte-americana Amazon anunciou a abertura de mais três centros logísticos no Brasil, reforçando posição no país onde o comércio eletrônico teve grande impulso na esteira da pandemia da Covid-19.

O Magazine Luiza (MGLU3) abriu mais 81 lojas apenas no terceiro trimestre, apostando na integração de sua estrutura, já que muitos clientes usam pontos físicos para recolherem os pedidos feitos de forma online.

O próprio Mercado Livre anunciou na semana passada que passou a ter uma frota própria com quatro aviões para entregas de suas encomendas, também como parte do esforço para conseguir entregar ao menos 80% das encomendas em até 48 horas. A empresa também tem 600 carretas e 10 mil vans.

“Estamos tendo despesas menores com entregas, inclusive com questões ligadas à segurança, e ganhando produtividade”, disse Galperin.

Os anúncios de robustos investimentos em logística revelam a aposta desses e de outros competidores de que a participação do comércio eletrônico no país, que subiu de 5% para 11% das vendas no varejo, continuará avançando, mesmo com o relaxamento do isolamento social, a exemplo de geografias como América do Norte e China, onde esse percentual supera 20% do total.

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