Giro do Mercado

Mercado reage a nova alta da Selic; Ibovespa cai com juros a 15%

20 jun 2025, 13:30 - atualizado em 20 jun 2025, 13:30

A volta do feriado veio com um gosto amargo para os investidores, após o Comitê de Política Monetária (Copom) decidir por uma nova alta da Selic na última quarta-feira (18). Com os juros em 15%, o mercado reage negativamente nesta sexta (20).

No Giro do Mercado, o jornalista Renan Dantas, editor assistente do Money Times, recebeu o analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, para comentar a decisão do Banco Central (BC) sobre a taxa básica de juros do Brasil.

Segundo Spiess, apesar de parte do mercado precificar uma decisão de manutenção dos antigos 14,75%, a alta de 0,25 ponto percentual (p.p) não surpreende. 

“Ainda que tenhamos observado alguns dados abaixo do esperado na atividade econômica e uma inflação qualitativamente mais benigna, ela ainda está muito elevada, bem acima do teto da meta”, afirmou Spiess.

O analista ressalta que a situação global também impacta, com incertezas sobre a economia dos Estados Unidos pressionando o cenário. Também na quarta (18), o Federal Reserve (Fed) decidiu manter os juros entre 4,25% e 4,5%.

O especialista atribui parte da responsabilidade da alta dos juros ao Governo Federal, que trabalhou com projetos de liberação de crédito nos últimos meses, impulsionando a atividade e indo na contramão da autoridade monetária.

Sobre o futuro da Selic, Spiess ressalta parte do comunicado do BC que fala em manter os juros elevados por um tempo prolongado. Em um cenário mais conservador, analistas projetam manutenção dos 15% por seis reuniões. Outros projetam manutenção por seis meses, no mínimo.

“Caso haja, ao longo dos próximos meses, atividade desacelerando e inflação mais benigna nos EUA, e o Fed volte a cortar juros no final do terceiro trimestre, aí sim o BC teria espaço para cortar juros aqui, na última reunião do ano”, afirmou Spiess.

Ibovespa cai 

No primeiro dia de operação após a decisão do BC, o Ibovespa (IBOV) recua. Por volta das 13h20, o principal índice da bolsa brasileira caía 1%.



A Cosan (CSAN3) cai 6,5% e tem a maior queda do dia após corte de preço-alvo por parte do Citi. As ações cíclicas, como Magazine Luiza (MGLU3) sofrem com a alta dos juros.

Já a PetroReconcavo (RECV3) é o destaque entre as altas, subindo mais de 1,8% após retomada de operações de campo na Bahia.

O programa ainda abordou os efeitos da escalada dos conflitos no Oriente Médio e uma possível entrada direta dos EUA no conflito. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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