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Oi (OIBR3): Mercado se antecipa à “novidade positiva” e ações disparam 24% em dois dias

18 jan 2022, 17:06 - atualizado em 18 jan 2022, 18:45
Oi (OIBR3;OIBR4)
Mercado começa a precificar a aprovação do Cade da venda da Oi Móvel para o consórcio TIM-Vivo-Claro (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

A ação da Oi disparou nesse começo de semana. Nesta segunda-feira (17), a ação saltou mais de 7%. Hoje, terça (18), a ação preferencial (OIBR4) fechou em alta de 8,8%, a R$ 1,48, enquanto a ordinária (OIBR3) saltou 13%, a R$ 0,84.

Segundo analistas ouvidos pelo Money Times, o mercado começa a precificar a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) da venda da Oi Móvel para o consórcio formado por Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Claro

“O volume de negociações da Oi é o triplo da média de outros dias. Há expectativas sobre a aprovação do Cade. Hoje o conselho do órgão convocou uma sessão extraordinária para o dia 26, embora o tema não tenha sido revelado”, diz Fabricio Gonçalvez, CEO da Box Asset Management.

Para Flavio Conte, analista da Levante, é crucial para Oi, em termos de melhora da situação financeira, que essa operação seja aprovada. 

“Isso não está precificado. Ela precisa desse dinheiro para diminuir o endividamento e aumentar a capacidade de investimento. Se essa decisão sair, é uma ação que pode valer até R$ 3”, prevê.

A analista da Empiricus, Cristiane Fensterseifer, ressalta que a decisão do Cade da Oi Móvel para o trio de empresas tem prazo final em 9 de fevereiro e o regimento não prevê um novo pedido de extensão.

“A área técnica já submeteu relatório recomendando a aprovação com poucos remédios comportamentais, e é bastante raro, historicamente, que a decisão contrarie a recomendação técnica”, completa.

Vale a pena comprar?

Segundo Marcel Andrade, head de renda variável da Vitreo, a ação tem potencial para disparar, mas o risco para se investir na tele é alto. Ele ressalta, porém, que, a princípio, parece que o pior já passou.

Na visão de Cristiane, a possível saída da empresa da recuperação judicial pode destravar valor e ter um grande impacto na base de acionistas.

“Com a saída da RJ e o fim dessas restrições, haverá uma possibilidade de novos investidores entrarem no case e, com isso, destravarem o preço das ações”, diz.

O fim da recuperação judicial foi determinado para março de 2022 pelo juiz ou quando forem concluídas as vendas da V.tal e da Oi Móvel, “essenciais para a saída da empresa da recuperação judicial para que esses ativos não levem consigo nenhuma obrigação do processo”, completa a analista.

Em relatório, o Santander ressalta, porém, que a ação já está precificada. A projeção para a Oi foi cortada de R$ 1,10 para R$ 0,90.

Os analistas do banco Felipe Cheng e Cesar Davanço veem a Tim Brasil (TIMS3) como a preferência do setor na América Latina, ao lado de Televisa e Globant. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 18.

O Santander também indica a compra dos ativos da Vivo (VIVT3), com preço-alvo de R$ 58, e da Brisanet (BRIT3), com preço-alvo de R$ 15.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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