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Mesmo com o Brexit, Wall Street continua preferindo Londres

24 set 2020, 16:10 - atualizado em 24 set 2020, 16:10
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Londres “continua a ser um centro financeiro muito importante”, disse a corresponsável de banco de investimento para EMEA do JPMorgan (Imagem: Reuters/Mike Segar)

Grandes bancos de Wall Street podem ter começado a transferir alguns ativos do Reino Unido, mas suas operações na União Europeia ainda têm um longo caminho a percorrer antes de se equipararem às da City of London.

O JPMorgan Chase vai transferir 200 bilhões de euros (US$ 230 bilhões) de ativos totais para sua subsidiária em Frankfurt até o fim do ano como resultado da saída do Reino Unido da UE. Outros bancos também têm reforçado as operações no bloco.

O domínio atual da Square Mile é tamanho que muitos outros bancos teriam que transferir tantos ativos quanto o JPMorgan para começar a miná-lo.

As cinco firmas de Wall Street tinham o triplo de capital e mais de quatro vezes a quantidade de ativos ponderados pelo risco em suas subsidiárias do Reino Unido em comparação com as da UE no fim do ano passado, segundo análise da Bloomberg News de documentos regulatórios e relatórios anuais.

JPMorgan, Citigroup, Morgan Stanley, Goldman Sachs e Bank of America tinham US$ 900 bilhões em ativos ponderados pelo risco no Reino Unido contra cerca de US$ 200 bilhões na UE. Os bancos sustentaram suas unidades no Reino Unido com US$ 136 bilhões de capital mínimo, enquanto a cifra para a UE foi de US$ 45 bilhões.

Londres “continua a ser um centro financeiro muito importante”, disse a corresponsável de banco de investimento para EMEA do JPMorgan, Dorothee Blessing, durante webinar da Bloomberg na quinta-feira. Ela também disse que o banco continuará transferindo funcionários e ativos de Londres com a expansão dos negócios na Europa continental.

Bancos medem tanto ativos totais quanto balanço patrimonial ponderado de acordo com seus riscos. A Bloomberg usou o último critério neste artigo para garantir a comparabilidade entre as unidades do Reino Unido e da UE. Os cinco bancos não quiseram comentar.

bloomberg@moneytimes.com.br