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Mesmo reclamando dos preços, frigorífico não abre mão de pagar mais por boiada boa e regular

15 fev 2021, 11:02 - atualizado em 15 fev 2021, 11:06
boi
Lotem bom, acabado no semiconfinamento, consegue preço acima, mas custa mais caro para o produtor também (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A velha máxima dos negócios, segunda a qual fornecedor que entrega com regularidade e qualidade leva bônus em mercado comoditizado, vale para o produtor de boi gordo, mesmo com os frigoríficos reclamando dos preços na base, como atualmente, sob oferta reduzida.

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Um exemplo vem lá do Sudoeste do Mato Grosso. E por ali a concorrência é grande de vendedores (concentração dos maiores confinadores do estado, por exemplo) e de unidades compradoras.

Semana passada, um terminador da região matou 255 animais no Marfrig (MRFG3) de Pontes e Lacerda, acertando um compromisso de botar mais 306 na escala do próximo dia 22.

Com dois lotes de nelorada boa, nas duas entregas o comprador bateu R$ 300 nos bois China e R$ 295 nos animais mais velhos, de 6 dentes, mas bem acabados no semiconfinamento. Para receber em 30 dias, livre de impostos.

Ele pede reserva de seu nome para não prejudicar seu relacionamento com o frigorífico, que, certamente, seria pressionado por outros produtores.

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“Eles estão pagando na ‘bica corrida’ R$ 295 no boi China”, conta.

As referências de preços no Sudoeste fecharam estáveis na sexta-feira (12), em R$ 287,50, à vista, e R$ 289,50 com 30 dias, pelo levantamento da Scot Consultoria. Pela Agrifatto, a média do Mato Grosso ficou em R$ 280, em queda de 3,45%.

O JBS (JBSS3), também da mesma cidade, e igualmente parado nesta segunda (15), não vai além dos R$ 297 no animal ao gosto do chinês, mesmo para parceiros fidelizados, de acordo com a mesma fonte de Money Times.

Reposição

Apesar desse plus nos preços de venda, o custo está salgado. Para originar animais para acabá-los, o produtor paga caro, situação idêntica a São Paulo e outras praças de pecuária de porte.

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Boi magro de até 14 @s, R$ 320 “para pesar”. Garrote de 10@, acima de R$ 3,8 mil. Bezerro, mais de R$ 2,750.

Como ainda está sem pasto suficiente, o que deve melhorar somente a partir de abril, o saldo encurta ainda mais com volumoso maior na suplementação.

“Tenho que repor e vender”, complementa.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.

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