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Mesmo sem oferta do Brasil, açúcar cede por estoques e produção asiáticas

06 jul 2020, 16:00 - atualizado em 06 jul 2020, 16:00
Cana de Açúcar Agricultura
Próxima safra indiana, principalmente, ajuda a controlar o açúcar em baixa (Imagem: REUTERS/Rajendra Jadhav)

A representativa alta do petróleo nesta segunda (6), passando dos US$ 43/barril (+0,70%), não posicionou o açúcar no lado comprador em Nova York, quando o mercado poderia ver mais etanol sendo produzido no Brasil e, na contramão, menos o alimento. Até porque já terá acabado o açúcar brasileiro exportável até setembro.

A commodity agro se desatrelou do óleo cru e perdeu expressivos 2,29% no contrato outubro, fechando em 11,96 centavos de dólar por libra-peso

A cotação do vencimento driver não resistiu muito tempo na faixa dos 12 c/lp.

Prevaleceu as variáveis diretas setorial. Aos estoques somados de Índia e Taliândia , de quase 20 milhões de toneladas – respectivamente, 16 e 3,5 milhões/t – o mercado já começa a precificar a próxima safra da Ásia.

Os dois países começam a colheita do ciclo 20/21 em setembro sob previsões, até agora, dos organismos locais, de 32 e 12 milhões/t, consideradas safras boas.

Mesmo com o Brasil praticamente fora da balança de oferta, uma vez que da safra do Centro-Sul o açúcar disponível terá se esgotado em agosto, como Money Times deu semana passada reportando o analista Maurício Muruci, da Safras & Mercados, não se espera melhora para os preços.

E, por enquanto, ainda não entrou no jogo as condições climáticas que podem consolidar ou revisar as expectativas da oferta da safra daqueles dois países asiáticos.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.