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Meta, Pinterest, Skype e Apple; confira quem é contra ou a favor de ‘pausar’ inteligência artificial

30 mar 2023, 17:14 - atualizado em 30 mar 2023, 17:14
Meta Inteligência Artificial
Entre os apoiadores que assinaram a carta, estão nomes bastante conhecidos no setor de tecnologia, como CEOs, fundadores e pesquisadores de inteligência artificial (Imagem: REUTERS/Mike Blake)

Pesquisadores, especialistas, executivos do setor de tecnologia e até mesmo o bilionário Elon Musk, endossaram uma carta aberta publicada nesta quarta-feira (29), que convida empresas de todo o mundo a pausar o desenvolvimento de empresas que lidam com Inteligência Artificial, como o ChatGPT, pelo período de seis meses.

Entre os apoiadores que assinaram a carta, estão nomes bastante conhecidos no setor de tecnologia, como CEOs, fundadores e pesquisadores de inteligência artificial para suas devidas empresas.

Nomes de peso estão assinando o documento, como Steve Wozniak, co-fundador da Apple; Yuval Harari, autor do livro “Sapiens: uma breve história da humanidade”; Evan Sharp, cofundador do Pinterest, além do próprio Elon Musk.

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Especialistas a favor da pausa em inteligência artificial

Yuval Noah Harari, além de escritor é professor na Universidade “Hebrew University of Jerusalem”. Em seu livro “Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã”, Harari faz previsões para o futuro da humanidade com base nos avanços socioeconômicos e tecnológicos.

Entre as previsões, o autor cita que estamos mais perto do que nunca de erradicar a fome e as guerras. Harari também comenta sobre a medicina alcançar a “amortalidade”, diferente de imortalidade.

Mais a frente de seu livro, o autor reserva um capítulo inteiro sobre “dataísmo”. Ele define o conceito como, os humanos abrindo mãos de seus dados e privaciade em prol de mais conforto.

Chris Larsen, Cofundador da Ripple, também é um dos que assinam a carta. Além dele, Craig Peters, CEO da Getty Images e Jaan Tallinn, Cofundador do Skype.

Christopher Reardon, responsável pelo cargo de chefe de design de IA da Meta, também consta como um dos mais de 1.600 nomes que assinam a petição.

Apesar de não se posicionarem individualmente, ao assinar a carta, é possível entender que todos acima concordam em grande parte das ameaças que a tecnologia pode trazer na velocidade atual.

Especialistas contra a pausa

Lorenzo Green, fundador da Ad World Conference e investidor em tecnologia e Inteligência Artificial, é uma das figuras que vem questionbando o movimento desde que veio a público.

Embora tenha opiniões tanto contra quanto a favor, Green levanta questionamentos interessantes. Um dos seus argumentos são que a pausa no desenvolvimento de Inteligência Artificial nada mais representa do que um pedido de arrego de Musk para seus concorrentes diretos no mercado.

“A disputa entre Elon Musk e Sam Altman acabou de esquentar. OpenAI revela investimento no robô AI ‘NEO’ da 1X. Esta é uma competição direta contra o Tesla Bot de Elon. A corrida começou para liberar esses bots de IA para tarefas de trabalho e, em seguida, desenvolver bots domésticos. O bot NEO: (Isso não é CGI!)”, escreve.

Para Bindu Reddy, CEO da Abacus.ai e ex-Googler, “o gênio saiu da garrafa”, e agora não existe mais volta. O maior perigo para ela, é a competição com outro países, que podem não obedecer o “tratado”.

“A carta para pausar o treinamento de Inteligência Artificial é ridícula. Como você impediria a China de fazer algo assim? Os EUA lideram com a tecnologia LLM (modelo de linguagem) e é hora de dobrar. O gênio saiu da garrafa. Agora – Nós simplesmente temos que descobrir como gerenciá-lo”, escreve.

Francesca Rossi, pesquisadora da IBM e presidente da Associação para o Avanço da Inteligência Artificial (AAAI na sigla em inglês) sociedade científica sem fins lucrativos, também foi contra a medida.

“Não assinei a carta da FLI. A intenção é boa, mas o foco em futuros sistemas de IA mais poderosos diminui a atenção necessária para os sistemas atuais. Além disso, em vez de interromper o treinamento, devemos nos concentrar na implantação e no uso responsável”, escreve.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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