Concessão do metrô de Belo Horizonte vai a leilão na B3 nesta quinta

A sede da B3, em São Paulo, recebe nesta quinta-feira (22), às 14h, o leilão para concessão do Metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Metrô-BH).

A empresa vencedora do certame controlará a Companhia Brasileira de Trens Urbanos em Minas Gerais (CBTU-MG) e terá a responsabilidade pela gestão, operação e manutenção da rede – incluindo a Linha 1 (Novo Eldorado–Vilarinho) e a Linha 2 (Nova Suíça-Barreiro).

Ao todo, o investimento projetado é de R$ 3,7 bilhões, ao longo de 30 anos do contrato de concessão, segundo o governo de Minas Gerais.

A promessa é de R$ 3,2 bilhões de aportes públicos para o metrô de Belo Horizonte, dos quais R$ 2,8 bilhões oriundos do governo federal e cerca de R$ 440 milhões do Governo de Minas, provenientes do Termo de Reparação assinado com a Vale em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho.

A empresa vencedora do leilão deve iniciar os investimentos no primeiro semestre de 2023. A previsão é a de que as novas estações comecem a ser inauguradas a partir do quarto ano da concessão, e que todas estejam operacionais no sexto ano, segundo o governo de Minas Gerais.

O que é a CBTU

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) é uma empresa pública criada em 1984, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, sendo a União proprietária de 100% de suas ações.

No entanto, a Constituição Federal de 1988 atribuiu aos governos estaduais a gestão dessas redes de transporte, e desde então as operações têm sido transferidas para os estados. Já foram transferidas as operações da CBTU para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Bahia.

Leia também

Comprar ou vender?

Santander corta preço-alvo desta ação em 80% e rebaixa recomendação; papel desaba na B3

Mercados

Ibovespa (IBOV) sobe, com Petrobras (PETR4) no radar: 5 coisas para saber antes de investir hoje (13)

Para fazer essa descentralização para as unidades federativas, é necessário separar as operações do restante da empresa, por meio de cisões que criam filiais regionais.

No caso de Minas Gerais, foram criadas as subsidiárias CBTU-MG e Veículo de Desestatização MG Investimentos S/A (VDMG), que funcionam como braços regionais da CBTU e que serão transferidas ao futuro concessionário.

Dimensões

Segundo o governo do Estado, a rede de transporte metroferroviário em Minas Gerais possui apenas a Linha 1, que compreende 19 estações, ao longo de 28,1 quilômetros de extensão, que englobam Belo Horizonte e Contagem.

Com a concessão, além da revitalização a Linha 1 ganhará mais uma estação, Novo Eldorado, em Contagem, de acordo com o governo local.

Já a Linha 2, que teve obras iniciadas em 1998 e paralisadas em 2004, terá sete novas estações ligando Calafate ao Barreiro por 10,5 km de extensão, ainda segundo o governo de MG.

Após os investimentos, o sistema deve beneficiar aproximadamente 270 mil passageiros diariamente, dos quais 50 mil devem utilizar a nova Linha 2.