Milho sobe por preocupações com produtividade dos EUA; forte demanda por esmagamento eleva a soja

Os contratos futuros de milho dos Estados Unidos subiram pelo terceiro dia consecutivo nesta quinta-feira (16) e atingiram uma máxima de uma semana e meia, devido a relatos de rendimentos de colheita abaixo do esperado em algumas áreas do Meio-Oeste e previsões de chuva que podem atrasar os trabalhos de campo.
A soja também subiu, já que a forte demanda doméstica compensou as preocupações com as tensões comerciais com a China, que tem evitado as compras dos Estados Unidos.
O trigo acompanhou a alta do milho e da soja, impulsionado pela cobertura de posições vendidas, depois que a abundância de suprimentos globais arrastou os preços para níveis próximos de mínimas de cinco anos.
Movimentos mais amplos do mercado, com o ouro e a prata registrando novos recordes de alta e o dólar norte-americano se desvalorizando, deram suporte adicional aos mercados de grãos.
“A pressão do mercado externo está sendo reduzida. Ao mesmo tempo, o clima está chegando e, no fundo da mente dos operadores, está a pergunta: por que os spreads do milho estão se firmando? Os rendimentos estão ficando mais apertados?”, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics.
O contrato dezembro do milho na bolsa de Chicago subiu 5 centavos, a US$4,2175 o bushel. As compras técnicas, com o contrato de referência subindo acima de suas médias móveis de 20 e 100 dias, aceleraram os ganhos.
O novembro da soja ganhou 4,25 centavos, a US$10,1075 o bushel, enquanto o dezembro do trigo subiu 3,75 centavos, a US$5,025 o bushel.
As negociações permaneceram cautelosas, já que os principais dados das safras não estavam disponíveis devido à paralisação do governo e antes de uma reunião esperada entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, no final do mês, quando os dois líderes devem discutir a falta de compras de soja dos EUA pela China.