Commodities

Minério de ferro enfrenta ponto de inflexão com reversão de rali

17 set 2020, 7:07 - atualizado em 17 set 2020, 7:07
Navio é carregado com minério de ferro para exportação em São Luís (MA)
Os futuros em Cingapura estenderam a queda, com baixa superior a 6% nos últimos três dias (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O minério de ferro está sob pressão em meio aos crescentes sinais de que o aperto no mercado transoceânico, que elevou os preços a máximas históricas, está diminuindo com o aumento tanto dos embarques de mineradoras quanto dos estoques na China.

“Agora, é um ponto de inflexão”, disse Ban Peng, analista da Maike Futures. “As recentes exportações do Brasil têm sido um pouco melhores do que nossas expectativas, e a oferta das maiores mineradoras, incluindo a  Vale (VALE3), deve aumentar no quarto trimestre, que normalmente é uma temporada de pico.” Ban também destacou os estoques portuários.

Os futuros em Cingapura estenderam a queda, com baixa superior a 6% nos últimos três dias. Na Bolsa de Mercadorias de Dalian da China, o contrato mais ativo fechou no menor nível em mais de dois meses.

O minério de ferro tem mostrado forte desempenho neste ano. Após ser atingida pelo coronavírus, a China respondeu com estímulos para o aço, enquanto os embarques do Brasil diminuíam.

Esse rali agora é revertido com sinais consistentes de que os suprimentos globais estão se recuperando, reduzindo o déficit, mesmo com a produção de aço na China em ritmo recorde. Preços mais baixos podem afetar a BHP, Rio Tinto e Vale.

O minério de ferro tem mostrado forte desempenho neste ano. Após ser atingida pelo coronavírus, a China respondeu com estímulos para o aço, enquanto os embarques do Brasil diminuíam (Imagem: Pixabay)

Embora a produção de aço bruto na China tenha batido outro recorde, Ban, da Maike Futures, projeta desaceleração. “Os níveis de consumo que observamos na primeira quinzena do mês não atenderam às expectativas do mercado”, disse.

Em Cingapura, os futuros chegaram a cair 2,5%, para US$ 116,65 a tonelada, e estavam em baixa de 1,8%, em US$ 117,70, às 15:49 no horário local. Na quarta-feira, os contratos caíram 4,2%, a maior queda desde julho.

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