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Minério de ferro fecha em alta em Dalian (China) após mais estímulos ao setor imobiliário

22 ago 2022, 10:06 - atualizado em 22 ago 2022, 10:06
Minerio de Ferro
Minério de ferro fecha em alta no mercado futuro chinês, corrigindo parte das perdas da semana passada e reagindo a estímulos do BC da China (Imagem: Reuters/Tim Wimborne//File Photo)

O minério de ferro iniciou a semana em alta, recuperando parte das perdas de 6,5% registradas apenas na semana passada. Além de uma correção técnica, a commodity metálica reage aos cortes nas taxas de empréstimo de um e de cinco anos, anunciada pelo Banco Central chinês (PBoC).

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No mercado futuro em Dalian (China), o contrato futuro mais ativo do minério de ferro, referente ao mês de janeiro, fechou em alta de 1,10%, cotado a 688 yuans. Os negócios com a commodity oscilaram entre 698 yuans na máxima e 672,50 yuans, na mínima do dia.

“O BC chinês estendeu a tábua de salvação à economia em dificuldades”, resume a economista para a China da Capital Ecoomics, Sheana Yue. Em comentário, ela avalia que o PBoC mantém os esforços para apoiar uma economia titubeante.

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Estímulos ao setor imobiliário

Hoje, o Banco Central da China reduziu as taxas de empréstimo (LPR, na sigla em inglês) de um ano em 5 pontos-base, de 3,70% para 3,65%, na primeira redução desde janeiro. Já a LPR de cinco anos foi reduzido em 15bps, de 4,45% para 4,30%, após um corte de mesma magnitude em maio.

A LPR é uma taxa de referência para novos empréstimos. No caso da LPR de cinco anos, a taxa serve de referência para precificar a maioria das hipotecas, sinalizando mais uma medida para estimular o setor imobiliário e apoiar os mutuários.

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“O corte maior na taxa de 5 anos sugere que o PBoC está particularmente preocupado com os problemas no mercado de imóveis”, avalia Yue.

Para ela, a atual demanda fraca dos compradores de casas reflete uma perda de confiança no setor.  “E isso são problemas que não podem ser facilmente resolvidos pela política monetária”, conclui a economista da CapEcon.

Ao mesmo tempo, alguns governos locais começaram a conceder empréstimo a incorporadoras para dar continuidade à construção de imóveis. Muitas obras estavam paralisadas devido à falta de recursos.

“As duas medidas, juntas, devem reduzir a preocupação dos mutuários de hipotecas “, avalia a economista para a China do ING, Iris Pang.

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Para ela, quando houver progresso na construção de projetos inacabados, deve haver alguma melhora no sentimento em relação à compra de imóveis. “E os preços dos imóveis devem começar a se estabilizar”, prevê.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
olivia.bulla@moneytimes.com.br
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.