Minério de ferro tem nova queda na China (Dalian) e cai 6,5% na semana

O minério de ferro voltou a fechar em queda no mercado futuro chinês, em Dalian, um dia após alcançar o valor mais baixo desde o fim de julho. Com o resultado de hoje, a commodity metálica encerrou a semana acumulando perdas de 6,5%.

Segundo dados oficiais da bolsa de Dalian, o contrato futuro mais ativo do minério de ferro, com vencimento em janeiro, encerrou em queda de 0,95%, cotado a 680,50 yuans. Na mínima da sessão, a commodity chegou a ser cotada a 672 yuans.

Para o BCA Research, as pressões de baixa no curto prazo sobre os preços do minério de ferro tendem a continuar. Isso porque a oferta global da commodity deve crescer mais rápido do que a demanda nos próximos meses.

Os problemas vindos do setor imobiliário na China amparam essa perspectiva. “Vendas de imóveis e construções de nova moradias no país estão em uma contração profunda e sem precedentes”, diz a consultoria canadense, em relatório.

Com isso, a oferta chinesa de aço também deve exceder a demanda nos próximos meses. “Isso resultará em um mercado de aço com excesso de oferta na China, exercendo pressão baixista sobre os preços também do aço”, emenda o BCA.

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Segundo o BCA Research, a perspectiva é de que, no geral, a demanda global por minério de ferro enfraquecerá até o início de 2023, ainda que apenas marginalmente. Ao mesmo tempo, a oferta global de minério de ferro deve aumentar ligeiramente.

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Para a consultoria, a depreciação considerável do real brasileiro, do dólar australiano e do rand sul-africano incentivará a produção e exportação de minério de ferro desses países.
Juntos, Brasil, Austrália e África do Sul são principais economias produtoras de minério de ferro. “E isso será negativo para os preços do minério de ferro nos próximos seis meses”, alerta.

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