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Minério de ferro tem desempenho misto com investidores reavaliando cenário de demanda da China

01 fev 2024, 10:02 - atualizado em 01 fev 2024, 10:02
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O minério de ferro negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian, na China, encerrou as negociações do dia com perda de 0,36%. (Imagem: Reuters/David Gray)

Os contratos futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian acentuaram a queda nesta quinta-feira, enquanto os preços em Cingapura se recuperaram, à medida que os investidores reavaliavam as perspectivas de demanda na China, principal mercado consumidor do minério, em meio aos problemas imobiliários e esforços de estímulo.

O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com perda de 0,36%, a 968 iuanes (134,79 dólares) a tonelada, estendendo sua queda para a terceira sessão.

O minério de ferro de referência de março na Bolsa de Cingapura subia 1,09%, a 131,20 dólares a tonelada.

Os preços do principal ingrediente da fabricação de aço permaneceram sob alguma pressão, já que “o aumento da incerteza no setor imobiliário da China e os fracos dados fabris pesaram sobre o sentimento”, disseram analistas do banco ANZ em uma nota.

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As preocupações com a recuperação do setor imobiliário, o principal consumidor de aço da segunda maior economia do mundo, ressurgiram depois que um tribunal de Hong Kong ordenou, na segunda-feira, a falência da gigante imobiliária endividada China Evergrande Group.

Entretanto, os recentes esforços de Pequim para apoiar seu setor imobiliário ajudaram a aliviar parte dessas preocupações.

Um projeto imobiliário estatal recebeu o primeiro empréstimo para desenvolvimento sob o chamado mecanismo de lista branca e mais duas grandes cidades diminuíram as restrições para a compra de casas, informou a mídia estatal, à medida que aumentam as preocupações sobre a falência da Evergrande.

Além disso, o Banco de Desenvolvimento da China e o Banco de Desenvolvimento Agrícola da China fornecerão linhas de crédito no valor de 142,6 bilhões de iuanes para financiar a renovação de “vilas urbanas” na cidade de Guangzhou, no sul do país, informou o governo municipal.

Os preços das casas novas na China subiram em janeiro, no ritmo mensal mais rápido desde agosto de 2021, de acordo com uma pesquisa.

reuters@moneytimes.com.br