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Minerva (BEEF3), SLC Agrícola (SLCE3) e JBS (JBSS3) ‘driblam’ o Ibovespa e operam em alta. O que impulsiona os papéis?

04 abr 2025, 15:15 - atualizado em 04 abr 2025, 18:02
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Os frigoríficos, SLC Agrícola e Carrefour completam a ponta positiva do Ibovespa nesta sexta-feira (4), na contramão dos ativos domésticos (Imagem: Bigc Studio)

Ao lado de Carrefour (CRFB3), que dispara mais de 10% no pregão, as ações dos frigoríficos completam a ponta positiva do Ibovespa (IBOV) nesta sexta-feira (4), em dia de forte aversão ao risco no mercado internacional. 

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Por volta de 14h50 (horário de Brasília), Minerva (BEEF3) liderava os ganhos do setor com alta de 1,24%, a R$ 6,54. JBS (JBSS3) subia 0,83%, a R$ 41,41, e BRF (BRFS3) tinha ganhos de 0,87%, a R$ 19,81. Acompanhe o Tempo Real.

No fechamento, apenas Minerva (BEEF3) encerrou a sessão no azul, com leve alta de 0,15%, a R$ 6,47. 



Por que os frigoríficos sobem?

A queda quase generalizada dos ativos brasileiros acompanha o temor de escalada de uma guerra comercial após a China anunciar uma tarifa de 34% sobre a importação de produtos norte-americanos no país, em resposta ao plano tarifário dos Estados Unidos

Mas os frigoríficos são algumas das empresas que podem “tirar proveito” da retaliação chinesa ao “tarifaço” de Donald Trump — já que as medidas, dos dois lados, abrem espaço para a exportação de carne brasileira. 

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Além disso, o governo Trump também impôs uma tarifa de 10% sobre os produtos brasileiros, a alíquota-base do plano tarifário. Na avaliação do BTG Pactual, a taxa deve ter pouco efeito sobre o setor frigorífico. 

“O produto já enfrenta tarifas superiores a 10% — especificamente, 26%. Ainda não está claro como será tratada a cota com isenção tarifária, mas, como ela é pequena, acreditamos que não deva ser alterada”, escreveram Thiago Duarte e Guilherme Guttila, em relatório. 

“Há também um ângulo positivo a considerar, já que EUA e Brasil competem nos mercados globais de carnes e grãos. Supondo que outros países reajam com medidas retaliatórias, o efeito líquido pode ser positivo para os exportadores brasileiros”, acrescentam os analistas.

A JBS (JBSS3) também é beneficiada pela safra de milho. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) espera que o plantio de milho aumente em 5% em comparação com o ano anterior, chegando a 95,3 milhões de hectares (ha), superando o consenso da Bloomberg de 94,4 milhões/ha.

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Para os analistas do Santander, os preços do milho podem cair com estoques mais altos, barateando um dos principais insumos para a produção de proteína animal.

SLC Agrícola (SLCE3) entre as altas

As ações da SLC Agricola (SLCE3) também figuram entre as poucas altas do Ibovespa nesta sexta-feira (4). 

Por volta de 14h50 (horário de Brasília), SLCE3 subia 1,40%, a R$18,89. A ação perdeu força ao longo do pregão e encerrou com baixa de 0,545, a R$ 18,53.



No caso da companhia, não é a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos que impulsiona os papéis. 

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O movimento de alta está atrelado à expectativa da safra nos Estados Unidos. O mercado de soja, especificamente, enfrenta riscos crescentes de interrupção devido aos baixos estoques — um cenário que favorece empresas como a SLC Agricola.

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