Money Times Entrevista

Impulsionado pelo Minha Casa, Minha Vida, fundo imobiliário oferece dividend yield de 16% ao ano

22 ago 2025, 13:54 - atualizado em 22 ago 2025, 14:04
Alexandre Despontin, fundador e gestor da Mérito Investimentos (Imagem: divulgação)
Alexandre Despontin, fundador e gestor da Mérito Investimentos (Imagem: divulgação)

O fundo imobiliário MFII11, da gestora Mérito Investimentos, vem chamando a atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O programa do governo federal tem impulsionado os lucros da construção civil, principalmente desde a criação da chamada faixa 4, voltada para famílias com renda mensal de até R$ 12 mil.

Em entrevista ao Money Times, Alexandre Despontin, fundador e gestor da Mérito, detalhou os impactos do incentivo habitacional dentro do FII.

Segundo o executivo, aproximadamente 60% do portfólio do MFII11 é voltado ao MCMV, o que facilita a identificação do público comprador e garante resiliência independentemente da gestão federal.

“Não importa muito o governo vigente, eles estão sempre incentivando o Minha Casa, Minha Vida. É um cliente e um eleitor muito fiel”, afirma.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O MFII11 tem como objetivo principal o desenvolvimento de empreendimentos imobiliários residenciais. Na prática, o fundo compra terrenos, aprova projetos e, posteriormente, realiza a comercialização das unidades.

MCMV em destaque

Impulsionado pelo programa habitacional, Despontin projeta que o FII termine 2025 com cerca de R$ 300 a 350 milhões em VGV (Valor Geral de Vendas), mesmo com a taxa Selic em 15% ao ano.

“Para a faixa de baixa renda, a venda não está muito relacionada aos juros, mas sim à manutenção do emprego do comprador. Se hoje ele está empregado e tem expectativa de continuar empregado, ele compra o imóvel”, diz.

Para o ano que vem, o gestor projeta um crescimento significativo nas receitas do fundo, com a expectativa de alcançar R$ 500 milhões em lançamentos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

FIIs x Selic

Apesar do bom desempenho da carteira, a cota do MFII11 negocia, atualmente, com deságio de aproximadamente 23% na Bolsa de Valores, com o preço de mercado sobre o valor patrimonial (P/VP) de 0,77.



Para Despontin, o desconto está relacionado ao aumento da Selic e à percepção do investidor sobre risco, já que os resultados do fundo seguem em crescimento.

“A gente sempre nota uma correlação invertida com os juros. Esse movimento de queda dos FIIs depende mais da conjuntura econômica do que dos ativos em si. Quem comprar agora está quase na bacia das almas. Acredito que é uma super oportunidade”, afirma.

“O investidor vai adquirir uma cota a R$ 80, com dividend yield de cerca de 16% ao ano, livre de imposto, e ainda há chance de valorização de até 20% nos próximos seis meses”, continua.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dividendos à vista

Além disso, o gestor estima que os lançamentos de 2026 devem gerar caixa nos próximos anos, podendo impactar positivamente os rendimentos aos cotistas futuramente.

“Esses projetos devem dar frutos daqui a um ano e meio, dois anos. Daqui a algum tempo pode haver aumento no dividendo.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.