Mini-índice (WINV25) cai, com EUA e PIB brasileiro, e dólar futuro avança

O mini-índice, ou Ibovespa futuro (WINV25), engatou a segunda sessão consecutiva de queda nesta terça-feira (2), pressionado pelo cenário externo e pela agenda doméstica carregada de indicadores e eventos políticos.
O contrato para outubro caiu 0,79%, aos 142.495 ponto. Enquanto isso, o dólar futuro para o mesmo mês subiu 0,51%, a R$ 5,5055.
Para os analistas técnicos do BTG Pactual, em relatório, correções de curto prazo são naturais, mas o viés comprador segue predominante, sustentado pela inclinação positiva das médias de 21, 50 e 200 períodos.
O índice, segundo eles, encontrou resistência na região dos 145 mil pontos após uma sequência de altas nas últimas semanas.
- SAIBA MAIS: Investir com inteligência começa com boa informação: Veja as recomendações do BTG Pactual liberadas gratuitamente pelo Money Times
Caso o movimento se confirme, os suportes estão em 142.450 pontos e a resistência imediata permanece em 145 mil pontos.
Movimentos fundamentalistas do mini-índice
O mini-índice repercutiu a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025 (2T25), mostrando desaceleração frente à alta de 1,4% nos três primeiros meses do ano. Apesar disso, o resultado superou as expectativas do mercado, que projetavam avanço de 0,3%.
O número, levemente acima do esperado, ajudou a impulsionar os juros futuros brasileiros, que pesam também no Ibovespa futuro.
Outro ponto que influenciou o mercado foi o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), no processo sobre tentativa de golpe de Estado. A expectativa é de que a análise do caso se estenda até sexta-feira da próxima semana, dia 12.
Cautela no exterior pesa sobre Ibovespa futuro e dólar futuro
Em Nova York, os índices de Wall Street voltaram do feriado do Dia do Trabalho em clima de cautela, diante das incertezas relacionadas às tarifas comerciais e à independência do Federal Reserve (Fed).
Esse movimento externo ajudou a reforçar o tom negativo nos contratos do mini-índice ao longo do dia. Com a incerteza, o rendimento dos treasuries subiu, ajudando a puxar a curva de juros brasileira.
O movimento do dólar futuro, com a alta dos treasuries, repetiu a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, subia 0,56%, aos 978.330 pontos.
Em relatório divulgado hoje mais cedo, o time de análise técnica do BTG Pactual comentou sobre a tendência do dólar.
“No gráfico diário, observamos o cruzamento de queda entre as médias móveis de 21 e 50 dias, indicando a dominância da ponta vendedora. O ativo formou um novo topo mais baixo na região de 5,5100”, fala o time do BTG.
Eles mencionaram que a média móvel de 50 dias tem atuado como resistência dinâmica, enquanto o nível de 5,6000 representa a principal resistência de médio prazo.
Para o DXY, índice que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas de países desenvolvidos, os analistas técnicos do BTG também enxergam uma tendência de queda, apesar da alta de 0,13% da última semana.
“No curto prazo, o índice permanece em lateralidade, com repetidas falhas em romper a resistência de 99,000. A cada teste dessa região, observamos aumento da pressão vendedora, o que reforça o viés negativo e limita qualquer tentativa de recuperação mais consistente”, assina a equipe.