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Minoritários da Gol já questionam migração da Gol para o Novo Mercado

24 out 2018, 9:49 - atualizado em 24 out 2018, 9:49

Por Investing.com – O recente anúncio da incorporação da Smiles (SA:SMLS3) pela Gol (SA:GOLL4) está tirando o sono dos acionistas da Gol. No entanto, há outro fator que está preocupando os minoritários da companhia aérea: a migração para o Novo Mercado, que é um segmento de maiores exigências de governança corporativa dentro da B3. As informações são da Coluna do Broad, desta quarta-feira.

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De acordo com a publicação, no planejamento da companhia está a criação de ações PN especiais, que ficaria apenas em uma empresa que concentra a parte operacional da Gol e da Smiles. Ao mesmo tempo, aconteceria a venda das ordinárias ao fundo da família Constantino, o Volluto. Com isso, o fundo passaria a ter os papéis ON da Gol junto com o mercado, que passaria a ser somente uma holding que, essa sim, seria listada no Novo Mercado.

A coluna informa que esse modelo seria necessário para fazer com que a aérea ingresse no segmento da B3, que limita a listagem à companhias com ações ordinárias. O modelo seria esboçado uma vez que a Gol não pode ter controle difuso por conta da legislação, que restringe em até 20% a participação de grupos estrangeiros no controle de companhias aéreas.

Isso faria com que, segundo a publicação, a Gol seguisse sob o controle da família Constantino. .O assunto vem sendo, inclusive, acompanhado de perto pela associação que representa os acionistas minoritários, a Amec.

Contrários a esse movimento, os minoritários querem reforçar o discurso que a forma de agir está machucando o mercado e também os princípios básicos de governança corporativa. Então, se a ideia da Gol seguir em frente, esses acionistas passam a não ter direitos políticos diretamente na empresa operacional.

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Quem também está se organizando são os minoritários da Smiles, que negociam os termos do fechamento de capital da empresa de fidelidade. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) acompanha o caso e abriu um processo para analisar a reestruturação societária. Procurada, a Gol não comentou.

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