Justiça

Moraes pede informações à Polícia Federal sobre inquérito que investiga Bolsonaro

28 out 2020, 14:46 - atualizado em 28 out 2020, 14:46
Alexandre de Moraes
“Solicitem-se à autoridade policial designada nestes autos, informações sobre o andamento das investigações apontadas no despacho de polícia judiciária nº 458/2020. Cumpra-se”, determinou Moraes (Imagem: Fabio Rodriguês Pozzebom/ Agência Brasil)

O ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu informações à Polícia Federal acerca do andamento das investigações do inquérito em que o presidente Jair Bolsonaro foi acusado pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro de tentar interferir na PF.

“Solicitem-se à autoridade policial designada nestes autos, informações sobre o andamento das investigações apontadas no despacho de polícia judiciária nº 458/2020. Cumpra-se”, determinou Moraes, em despacho publicado no Diário de Justiça desta terça-feira.

Esse foi o primeiro despacho do ministro do STF como relator desse inquérito após a aposentadoria do ex-decano da corte Celso de Mello, que conduzia o caso.

Moraes foi sorteado relator após o presidente do Supremo, Luiz Fux, ter atendido a um pedido da defesa de Moro e determinado a redistribuição do inquérito.

Se essa investigação não fosse redistribuída, o caso iria ser conduzida por Kassio Marques, escolhido por Bolsonaro para a vaga no STF aberta com a aposentadoria de Celso de Mello.

O inquérito, aberto no final de abril, está em sua reta final. O plenário do STF tem de decidir se o presidente vai depor por escrito ou presencialmente.

Esse debate foi levado ao plenário, mas somente Celso de Mello, às vésperas de se aposentar, votou a favor do depoimento presencial.

O presidente do Supremo não marcou ainda a retomada dessa discussão em plenário. Após essa diligência e caso não houver outras apurações a serem realizadas, a expectativa é que o inquérito venha a ser concluído e caberá ao procurador-geral da República, Augusto Aras, decidir se denuncia Bolsonaro, se arquiva o inquérito ou pede novas diligências.

Bolsonaro nega ter cometido qualquer irregularidade.

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