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Morgan Stanley: criptoativos estão se tornando uma classe de ativos passível de investimento

18 mar 2021, 10:27 - atualizado em 18 mar 2021, 10:27
Morgan Stanley
Morgan Stanley aconselha cautela antes de investir nessa classe de ativos de investimento especulativo (Imagem: REUTERS/Lucas Jackson)

Uma nota a investidores recém-publicada pela unidade de gestão de riquezas do Morgan Stanley destaca argumentos a favor das criptomoedas como uma emergente classe de ativos passível de investimento.

Lisa Shalett e Denny Galindo, os autores da nota, enfatizam que sua determinação é cautelosa, pois qualquer investimento em criptomoedas, como o bitcoin (BTC), é especulativo.

Ainda assim, representa outro passo em uma perspectiva em constante mudança sobre a tecnologia aos olhos de Wall Street: da rejeição imediata à lenta adesão.

Para que oportunidades de investimento especulativo emerjam ao ponto de uma classe de ativos passível de investimento possa ter um papel na diversificação de portfólios de investimento exigem progresso transformacional tanto do lado da oferta como da demanda. 

Com criptomoedas, acreditamos que esse limite está sendo atingido. Uma estrutura regulatória consolidada, liquidez aprofundada, disponibilidade de produtos e um crescente interesse de investidores — principalmente entre investidores institucionais — se fundiram.

Dentre as recomendações específicas em busca de mais informações aos possíveis investidores, os autores afirmam, no fim da nota, que “nossa recomendação é que investidores se eduquem e considerem como e se devem obter exposição a essa crescente classe de ativos em seu portfólio”.

Em relação à maneira que essa exposição deve acontecer, o relatório do Morgan Stanley enfatiza, em sua síntese:

Assim como qualquer outra classe de ativos que ainda está em fase especulativa, existe uma variedade de riscos — alguns previsíveis, alguns identificáveis e outros ainda serão descobertos.

Tais características de risco limitam um aconselhamento prudente de obter exposição em pequenas posições de forma altamente diversificada, similar à forma de se aproximar do investimento de capital de risco.

Em nossa modelagem inicial, replicada no espírito por um estudo recém-publicado pelo Instituto CFA [de Analistas Financeiros Certificados], sugere benefícios de diversificação da baixa correlação das criptomoedas com outros ativos e que melhorias no índice de Sharpe podem ser obtidas com posições de até 2,5%. 

É importante levar em consideração que apenas estamos no ápice do primeiro ciclo.

Na conclusão da nota, os autores reiteram que não estão recomendado uma exposição direta na forma de posse de uma moeda específica:

A partir de nossa perspectiva, a negociação da moeda ainda está no início. Questões em relação à verdadeira descoberta de preço e à melhor execução ainda devem ser abordadas. Ainda temos de nos convencer sobre isso, e assim, aconselhamos que clientes ajam com segurança.

Àqueles investidores qualificados prontos para obter exposição, sugerimos começarem por produtos negociados em bolsa — de preferência, os que são multiativos e estão acessando as oportunidades de crescimento por meio de um investimento em capital de risco/privado no ecossistema blockchain.

A publicação dessa nota veio um mês após a Bloomberg News ter noticiado que Counterpoint Global, uma unidade do Morgan Stanley Investment Management, estar considerando investir em bitcoin.

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